Terça-feira, 21 de outubro de 2025
Por Redação O Sul | 10 de junho de 2016
Em 2014, a dirigente sindical Maria Altinizia Santana foi xingada de “vagabunda” por um colega de profissão em sua página pessoal do Facebook. Os dois são dirigentes sindicais de uma empresa de telecomunicações e teriam se desentendido devido às ideologias políticas diferentes.
Durante as eleições de 2014, Marcelo Correia chamou a colega de “pelega, calhorda, sem vergonha, vagabunda”, o que motivou uma ação por danos morais contra ele na Justiça e a condenação ao pagamento de 5 mil reais em indenização em favor da vítima. Ele ainda recorreu da decisão, mas a Justiça do Acre resolveu manter a condenação.
Um dos advogados de Maria, João Rodholfo dos Santos, conta que na época ela tentou entrar em acordo com Correia, pedindo que ele publicasse uma retratação, o que foi negado por ele. “Sem acordo, resolvemos entrar com o processo, ele então entrou com um recurso afirmando que ela teria o ofendido, mas a Justiça entendeu que as agressões partiram apenas dele, o que torna ainda mais grave porque ela como dirigente sindical acaba sendo uma pessoa pública”, explica.
“O que mais me deixou chateada não foi ele ter me chamado de vagabunda, porque isso eu não sou e nem vou ser, mas porque ele fez com que as pessoas duvidassem do meu comprometimento com a categoria. Ele disse que eu não ia para as reuniões e que ficava batendo perna na 25 de Março. Ele acabou denegrindo a minha imagem para os associados”, ressalta Maria.