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Mundo Mulheres alemãs não querem engravidar e a população fica cada vez mais velha

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Refugiado com a foto da chanceler Angela Merkel. (Crédito: Reprodução)

Os imigrantes, agora chamados de refugiados, tiveram permissão para entrar no espaço europeu e encontrar lugares de acolhida. A grande maioria deles quer chegar a países como Suécia e Alemanha, que tem uma política mais aberta que seus vizinhos e que pode receber até 1 milhão de demandantes de asilo neste ano.

A chanceler alemã, Angela Merkel, anunciou que irá além das quotas decididas por Bruxelas. Neste ano, a Alemanha atenderá a 500 mil pedidos de asilo. São loucos esses alemães. Ou perversos. Se atenderem a 500 mil requerentes de asilo é para desagradar a seus vizinhos, envergonhar Paris e mostrar que a França tem um “coração pequeno”, ao passo que a Alemanha, sim, tem um “coração enorme”. São astutos, esses alemães.

A França sentiu-se um pouco humilhada. É o mundo ao contrário. Enfim, a “doce França”, entre todas as nações do universo não é a que tem uma vocação milenar de generosidade, de acolhida e dos direitos humanos?

Aliás, estão marcadas na sua Constituição as palavras “Liberdade. Igualdade. Fraternidade”. Com que direito a Alemanha se apodera, hoje, das três palavras mágicas da Constituição francesa? Isso é plágio.
Os jornais franceses procuram explicar o assunto. A Alemanha é um país rico, mas suas mulheres não querem engravidar. Portanto, o país tem necessidade de mão de obra estrangeira para movimentar suas fábricas.

E, não sem alguma malícia, faz aprovar sob o rótulo da “generosidade” uma decisão que, na verdade, tem razões econômicas: movimentar a todo vapor suas fábricas e continuar dominando o continente, mesmo que precise utilizar mecânicos sírios e operadores de gruas etíopes. Esperta a senhora Merkel!

Onda de refugiados pode animar a economia.

Claro que há algo de verdade nessa explicação. Mas já é um grande avanço compreender que a onda de refugiados, longe de aumentar o fardo da Europa, pode, pelo contrário, animar sua economia (um pouco como os irlandeses, os suecos e toda a miséria da Europa nos séculos passados estimularam o desenvolvimento industrial dos Estados Unidos).

E, então, vemos o comportamento dos alemães. “A Alemanha monta uma guarda de honra para os imigrantes”, é o título do jornal francês Le Monde. E é verdade, ao passo que a França, como a maioria dos países europeus faz desses imigrantes “um tormento e uma calamidade”, enquanto 93% dos alemães se congratulam com a solidariedade demonstrada por Berlim.
Na França, uma pesquisa mostra que 56% dos franceses são hostis à recepção dos imigrantes.

Claro que na França, como em todos os lugares, há pessoas inteligentes, sensíveis, nas paróquias cristãs, e associações e famílias se dispõem a acolher alguns refugiados.

Um belo zigue-zague da história. O país que foi a “capital da ignomínia” há 70 anos, à época de Hitler, hoje é o que redime a Europa. E sem dúvida podemos observar também uma prova do gênio histórico dos alemães.

Eles compreenderam, antes dos outros, que essas dezenas de milhões de africanos e asiáticos vagando da Jordânia à Líbia, do Líbano à Turquia, da Grécia a Montenegro, constituem certamente a mais amarga e a mais perigosa prova à que está submetida a velha Europa – uma enorme “convulsão da história”. E sua nova face e também a sobrevivência do seu espírito dependerão do modo como o continente vencerá essa prova. (Gilles Lapouge/AE)

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https://www.osul.com.br/mulheres-alemas-nao-querem-engravidar-e-a-populacao-fica-cada-vez-mais-velha/ Mulheres alemãs não querem engravidar e a população fica cada vez mais velha 2015-09-29
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