Quinta-feira, 18 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 19 de março de 2019
Os presidentes do Brasil, Jair Bolsonaro, e dos Estados Unidos, Donald Trump, trocaram presentes nesta terça-feira (19) na Casa Branca, em Washington. Um entregou ao outro camisas oficiais das seleções de futebol de seus países. Segundo o norte-americano, o presente era uma homenagem ao Brasil, que é uma potência no futebol.
Trump presenteou Bolsonaro com a camisa de número 19, em alusão ao ano de 2019. “O Brasil é um grande país. A grande potência do futebol. Tem grandes jogadores, posso lembrar de Pelé e tantos outros”, destacou.
Já o presidente dos EUA ganhou uma camisa de número 10, igual à que Pelé usou quando estava na ativa. Bolsonaro disse que a escolha do número 10 foi por causa das muitas alegrias que Pelé deu ao Brasil. “A camisa que simboliza o maior jogador de todos os tempos”, disse.
Após a reunião reservada de cerca de 20 minutos na Casa Branca, Bolsonaro, Trump e as comitivas do Brasil e dos Estados Unidos tiveram um encontro ampliado. A viagem aos Estados Unidos é a primeira em caráter bilateral do presidente Bolsonaro.
“América grande”
Bolsonaro disse, ao se reunir com Donald Trump na Casa Branca, que o presidente dos Estados Unidos quer uma “América grande, assim como ele quer um Brasil grande”. Bolsonaro voltou a afirmar que, após décadas, o Brasil deixou de ter um presidente antiamericano e afirmou ter muito a conversar com Trump.
O presidente norte-americano, por sua vez, disse que os Estados Unidos não têm nenhuma hostilidade com o Brasil, mencionou a possibilidade de uma participação brasileira na Otan ou outra aliança estratégica e declarou apoio à entrada do país na OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico).
Em rápidos comentários ao iniciar o encontro com o presidente Bolsonaro, na Casa Branca, Trump disse que o seu colega brasileiro está fazendo um excelente trabalho e que o Brasil nunca esteve tão perto dos Estados Unidos.
Na véspera, o ministro da Economia, Paulo Guedes, deixou claro o descontentamento com a dificuldade dos norte-americanos em darem um apoio claro à entrada do Brasil na OCDE, considerada o clube dos países liberais. Em seu discurso, o ministro acusou os Estados Unidos de ser o principal obstáculo para a entrada do Brasil na OCDE.
“Nós precisamos de ajuda. Incrivelmente, os Estados Unidos são o único obstáculo para o Brasil entrar na OCDE. É até compreensível, porque estávamos no lado esquerdo pela maior parte do tempo. Mas agora estamos no lado direito e não merecemos o mesmo tratamento que tínhamos antes”, cobrou Guedes.