Quinta-feira, 30 de outubro de 2025
Por Redação O Sul | 25 de março de 2016
Ao contrário de outros chefes de Estado da região, o presidente da Argentina, Mauricio Macri, não está disposto a aderir a uma campanha latino-americana de respaldo ao governo de Dilma Rousseff e, também, de condenação a uma suposta tentativa de golpe no Brasil.
“Não estamos na mesma linha que presidentes como Evo Morales [Bolívia], Rafael Correa [Equador] e Nicolás Maduro [Venezuela]. Nosso apoio é ao governo brasileiro e a suas instituições”, enfatizou uma fonte consultada.
A crise política brasileira está evidenciando claras diferenças entre Macri e seus sócios na Unasul (União de Nações Sul-Americanas). Enquanto Evo Morales pede uma reunião de emergência do bloco “para defender a democracia no Brasil, a paz, a presidente Dilma, o companheiro Lula e os trabalhadores”, o chefe de Estado argentino limita-se a expressar sua preocupação e desejo de que “o Brasil saia desta situação da melhor maneira possível”.
A ministra das Relações Exteriores do país, Susana Malcorra, disse não estar informada sobre a proposta do presidente da Bolívia e afirmou que, para o governo argentino, o momento requer, apenas, um encontro de chanceleres do Mercosul. A ministra deixou claro que a Casa Rosada não tem o menor interesse em pegar carona na campanha liderada por Morales, Correa e Maduro. (AG)