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Política Em depoimento na CPI da Covid, executivo da Pfizer detalha negociações de vacina com o governo brasileiro

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Segundo Murillo, a primeira oferta de doses ao Brasil foi feita em 14 de agosto

Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado
Segundo Murillo, a primeira oferta de doses ao Brasil foi feita em 14 de agosto. (Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado)

O gerente-geral da Pfizer na América Latina e ex-presidente da empresa no Brasil, Carlos Murillo, disse nesta quinta-feira (13) à CPI da Covid no Senado que a farmacêutica norte-americana fez várias ofertas de venda da sua vacina contra o coronavírus ao governo brasileiro.

As primeiras negociações, segundo ele, foram iniciadas em março de 2020, mas o contrato com a farmacêutica foi concretizado um ano depois, em 21 de março de 2021.

Aos senadores, Murillo ressaltou que o Brasil é o mercado mais importante da companhia na América Latina e detalhou o cronograma de doses sugerido para 2020 e 2021 ao País. Segundo ele, a primeira oferta de vacina ao Brasil foi feita em 14 de agosto. Pela proposta – que contemplava 30 milhões ou 70 milhões de doses do imunizante – seriam distribuídas 500 mil em 2020 e o restante entre os quatro trimestres deste ano.

Já na segunda oferta, de 18 de agosto, o número de doses ofertadas para 2020 aumentou: seria um total de 1,5 milhão e o restante em 2021. Em 26 de agosto, ficou negociado que seriam 3 milhões para o primeiro trimestre, 14 milhões no segundo, 26,5 milhões no terceiro trimestre e 25 milhões de doses no quarto. Após esse contato da Pfizer, Murillo disse que o governo “não aceitou, tampouco rejeitou” a oferta feita pela empresa. Segundo ele, como a Pfizer estava em processo de tratativas com o governo, a proposta tinha validade de 15 dias e não houve retorno por parte do governo brasileiro.

Carta

Conforme relato do executivo à CPI, em setembro de 2020 a Pfizer enviou uma carta ao governo, endereçada ao presidente Jair Bolsonaro, ao vice-presidente Hamilton Mourão, ao então ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, ao ministro da Economia, Paulo Guedes, ao então ministro da Casa Civil, Braga Netto, além do embaixador do Brasil nos Estados Unidos, Nestor Forster Jr.

No documento, a Pfizer pedia uma resposta rápida do Brasil, devido à alta procura pela vacina no mundo. No entanto, ela foi respondida dois meses depois, em novembro, conforme dito à CPI pelo ex-secretário especial de Comunicação Social Fabio Wajngarten. Murillo confirmou ainda que chegou a se reunir com o ex-secretário e outros representantes do governo, mas que as negociações eram feitas exclusivamente pelo Ministério da Saúde.

Já no final do ano passado, em novembro, as projeções de ofertas da vacina não levaram em conta entregas de doses em 2020. Na ocasião, foram oferecidas 2 milhões de doses de vacinas no primeiro trimestre, 6,5 milhões no segundo, 32 milhões no terceiro trimestre, além de 22,5 milhões de doses entre outubro e dezembro.

Dificuldades

Perguntado sobre as dificuldades nas negociações do imunizante no Brasil, o gerente-geral da Pfizer na América Latina afirmou que o armazenamento das vacinas, que exige temperaturas muito baixas, era uma das principais questões a serem consideradas. No fim de outubro, em nova reunião, a Pfizer apresentou uma caixa que havia desenvolvido, em que o armazenamento poderia ser feito com gelo seco. Diante da solução, o Ministério da Saúde ponderou que, para avançar com um contrato, precisava do registro da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

O executivo lembrou ainda que a vacina obteve o registro permanente na Anvisa em 22 de fevereiro deste ano e que o primeiro contrato fechado com o governo brasileiro foi celebrado em 8 de março de 2021 para 100 milhões de doses. “Nosso contrato prevê a entrega de 13,5 milhões de doses no segundo trimestre, mais 86 milhões no terceiro trimestre. Consideramos hoje que, no primeiro trimestre, seremos capazes de fornecer ao Brasil 15,5 milhões de doses”, afirmou.

Novo contrato

Murillo destacou ainda que, nesta semana, a empresa deve fechar o segundo contrato com o governo brasileiro, para mais 100 milhões de doses. Nesse caso, a entrega está prevista para o quarto trimestre deste ano.

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