Quarta-feira, 05 de novembro de 2025
Por Redação O Sul | 2 de junho de 2016
Um popular modelo de ensino da Dinamarca tem a floresta como sala de aula. Não por acaso chamadas de jardins de infância florestais, essas escolas tiram as crianças do ambiente fechado e as levam para aprender por meio de brincadeiras e experiências ao ar livre.
A primeira reação de quem se depara com o sistema é, com frequência, o espanto. Isso porque nele crianças de 2 a 6 anos são pouco supervisionadas, podem escalar árvores altas, manuseiam facas afiadas, lidam com animais, ficam próximas a fogueiras e dormem sob o frio às vezes congelante do inverno dinamarquês.
O modelo surgiu na década de 1950 em Copenhague, capital da Dinamarca. Hoje há escolas do tipo em todo o país. Não há estatísticas oficiais nacionais. Mas só a capital abriga em seus arredores 91 delas, de um total de 3.975 instituições. São cerca de 4 mil alunos, em um universo de 20 mil, segundo dados da prefeitura.
As estruturas das escolas podem variar. Há aquelas que funcionam exclusivamente dentro de florestas, as que levam as crianças em ônibus para passarem dia na natureza e as que dividem suas atividades entre dentro e fora de sala, embora com foco na atividade ao ar livre. Costumam funcionar de 7h às 17h, com turmas entre 10 e 20 crianças, supervisionadas por entre dois e quatro pedagogos.