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Mundo Na virada do século, todo o mundo queria um BlackBerry. O aparelho era símbolo de status

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Primeiro celular a oferecer serviço de e-mail seguro dominou o mercado no início dos anos 2000, mas foi atropelado pelo iPhone. Agora, trajetória da marca está registrada em livro. Crédito: Reprodução

Na virada do século, todo o mundo queria um BlackBerry, o maravilhoso aparelho que recebia e transmitia mensagens eletrônicas. Era símbolo de status, de eficiência profissional, de modernidade. Vendedores apelidaram o telefone de CrackBerry por causa de sua capacidade viciante. Também acreditando nisso, o então todo-poderoso presidente da toda-poderosa Intel, Andy Grove, brincou dizendo que o BlackBerry deveria ser proibido pela polícia de narcóticos.

O sucesso de público e de crítica do revolucionário aparelho pioneiro da comunicação de dados sem fio também se refletia nas finanças da fabricante, a canadense RIM (Research in Motion), hoje renomeada BlackBerry – criadora seguindo a criatura.

Em fevereiro de 1999, cerca de um mês depois de ter lançado o primeiro aparelho, a empresa debutou na Nasdaq, a Bolsa de Valores das empresas de tecnologia. Nos primeiros dias, a cotação ficou ligeiramente abaixo da marca. Logo, porém, começaram a sair análises de especialistas elogiando a facilidade de uso do aparelho, sua durabilidade e potencial de mercado.

Boom na Bolsa de Valores.
Os preços dispararam. Em menos de um semestre, as ações dobraram de valor. Em março do ano 2000, chegaram a 156 dólares – mais de dez vezes o preço inicial –, dando à RIM um valor de mercado de 11 bilhões de dólares.

A empresa criada em 1984, por dois estudantes de engenharia, aos poucos também chegava ao mercado de consumo de massa. A virada se deu no final de novembro de 2003, quando a apresentadora Oprah Winfrey, uma das mais influentes figuras da televisão americana, elegeu o aparelho seu novo favorito, indicando o BlackBerry como compra de Natal. Oprah falou, e o público a seguiu. Em fevereiro de 2004, a RIM vendeu seu milionésimo aparelho. Nove meses depois, a rede BlackBerry já tinha 2 milhões de assinantes, chegando aos 3 milhões em seguida.

Essa trajetória de sucesso sem precedentes está contada em detalhes em “Losing the Signal: The Untold Story Behind The Extraordinary Rise And Espetacular Fall of BlackBerry” (“Perdendo o Sinal: A História Não Contada da Extraordinária Ascensão e Espetacular Queda da BlackBerry”, na tradução).

Caminhos tortuosos.

Como o título deixa claro, os autores – os premiados jornalistas canadenses Jacquie McNish e Sean Silcoff – também mergulham nos descaminhos da empresa. Acompanhar a jornada pessoal e profissional dos dois líderes da RIM, Jim Balsillie, gênio do marketing, e Mike Lazaridis, inventor visionário, ajuda a entender as razões da derrocada. Os dois levaram a BlackBerry ao auge usando estratégias comerciais nem sempre limpas. A empresa foi processada por infringir patentes – e acabou por fazer acordo de mais de 500 milhões de dólares. Os comandantes da BlackBerry ainda foram levados à Justiça por fraudes em contratos de ações – modificados para beneficiá-los ilegalmente –, sem falar de outras tantas ações com fornecedores de parceiros.

Além do imbróglio jurídico, financeiro e pessoal, no meio do caminho eles foram atingidos por um furacão chamado iPhone. Nunca mais se levantaram: apesar da história de Balsillie e Lazaridis, suas falhas e falcatruas não tiveram perdão. Os dois acabaram obrigados a abandonar a empresa que, juntos, construíram. Documentando todo esse processo com base em centenas de entrevistas – incluindo horas a fio com os dois personagens principais –, registros da imprensa e documentos legais, “Losing The Signal” é muito mais do que uma grande reportagem. É uma aula de administração, um registro do capitalismo em movimento. (Folhapress)

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https://www.osul.com.br/na-virada-do-seculo-todo-o-mundo-queria-um-blackberry-o-aparelho-era-simbolo-de-status/ Na virada do século, todo o mundo queria um BlackBerry. O aparelho era símbolo de status 2015-12-27
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