Segunda-feira, 09 de junho de 2025
Por Redação O Sul | 2 de dezembro de 2015
Quem vê Monique Alfradique, linda, loira, sorridente e fazendo sucesso na novela “A Regra do Jogo”, da TV Globo, imagina que ela esteja imune à crise financeira que afetou em cheio a sua personagem, Tina, que se viu obrigada a deixar um apartamento confortável em um bairro nobre para se mudar para um morro. Não é bem assim. Embora esteja em um lugar privilegiado, o que mais difere as duas é a forma como as adversidades da vida são encaradas.
“Sei bem o que são os altos e baixos da vida. Na minha profissão, a gente vive isso o tempo inteiro. Agora, estou contratada, mas não sei do meu futuro. É uma luta diária. Nada chegou para mim de bandeja e em nenhum momento cheguei no topo, estou sempre subindo degraus. Se eu estivesse na situação da Tina, ia ser vendedora de loja, coisa que ela não quis. A Tina é intransigente e tem necessidade de manter a aparência”, avalia.
Já Monique, de 29 anos, vê a vida com outros olhos. “Tenho os pés no chão. Nunca me deslumbrei, sempre soube o valor do dinheiro. Não deixo luz ligada em casa à toa e só compro no mercado o que vou consumir. Tenho essa coisa de fazer contenção de despesas, o que é uma dificuldade para a Tina. Não sou consumista, tenho consciência do que ganho, do que gasto e não faço grandes extravagâncias. Não tenho dívidas, não vivo com a corda no pescoço”, comenta.
Salto alto pode até combinar com a atriz, mas só se for para dar um ar menos informal ao visual. No sentido figurado, passa longe. “Se fosse preciso, eu moraria em uma comunidade. Quando o casal passa por uma dificuldade junto, o relacionamento até se fortalece. Acredito naquela história do casal ficar junto ‘na alegria e na tristeza, na saúde e na doença’”, diz.
Torcer o nariz para baile funk também vai ser coisa do passado para Tina. “Dançar funk é muito difícil. Tive aula para aprender a fazer o quadradinho de quatro, mas não aprendi (risos). Valorizo todas as funkeiras que fazem o quadradinho. E esse talento eu não tenho. Já sou uma jovem senhora.”
A proximidade dos 30, que serão comemorados em abril do ano que vem, não a assusta. “Por enquanto, está tudo certo. Já ouvi falar que a mulher fica no auge aos 30. Hoje, me sinto mais segura das minhas decisões. Sei o que é bom para mim, aprendi a dizer ‘não’ e sou mais segura com o meu corpo”, comenta, complementando: “Antigamente, fazia dietas radicais, ficava com fome, não comia nada. Hoje, equilibro exercícios com uma alimentação saudável e nem preciso abrir mão do chocolate que tanto amo. Mas não sou magra por natureza, sou magra por esforço”.
A maturidade trouxe sabedoria a Monique. Já a alegria contagiante e o humor que podem ser vistos em “A Regra do Jogo” vêm desde sempre. “Sou brincalhona, encaro o dia a dia com leveza. Sou mais alegre do que triste, mais positiva do que negativa”, afirma.
Nem namorar na ponte aérea é problema. A relação com o empresário Gabriel Sala, que mora em São Paulo, já dura um ano e meio e é um dos motivos do sorriso constante de Monique. “Está dando certo, estou feliz. É claro que, como tudo na vida, a distância tem o lado bom e o ruim.”
Monique não se inclui na lista das mulheres que fazem questão de subir ao altar. “Não tenho o sonho de me casar, de usar vestido de noiva, fazer festa. O que eu prezo é uma relação estável, duradoura, de cumplicidade, amor, diálogo, respeito, carinho e admiração. Não fujo do casamento, não tenho problema de pensar nisso no futuro, mas não é algo que eu esteja buscando.” (AD)