Brasil Nadador americano envolvido em confusão no Brasil pode perder 32 milhões de reais em patrocínios de anunciantes
Por Redação O Sul | 19 de agosto de 2016
A mentira do nadador Ryan Lochet pode custar muito mais caro. Além de possíveis punições por parte do Comitê Olímpico dos Estados Unidos, ele pode perder até 10 milhões de dólares em contratos de publicidade, o equivalente a cerca de 32 milhões de reais.
Segundo a revista Forbes, o campeão olímpico tem contratos publicitários com marcas como Ralph Lauren, Speedo e Airweave, que lhe rendem de 5 a 10 milhões de dólares (16 milhões a 32 milhões de reais) de renda vitalícia. Contudo, esses contratos têm cláusulas sobre morais que o atleta de 32 anos violou ao mentir.
Segundo o site americano Money Nation, a principal fonte de renda do atleta não vem das medalhas, mas sim dos contratos publicitários que mantém com essas empresas – acordos que estão ameaçados após os novos “acontecimentos olímpicos”.
Ainda segundo a Forbes, ele pode perder o dinheiro que ganhou do Comitê Olímpico por ter conquistado a medalha de ouro no revezamento 4X200 metros livre. Os Estados Unidos pagam um bônus de 25 mil dólares, cerca de 80 mil reais.
Crise de imagem.
Para tentar contornar o problema, Lochte contratou o publicitário Matthew Hiltzik, especialista em lidar com crises de imagem, segundo informações do The Hollywood Reporter.
O profissional já ajudou o cantor Justin Biber, o jogador de futebol americano Manti Te’o e o ator Alec Baldwin.
Lochet pede desculpa por falso relato de assalto.
Lochte divulgou ontem uma mensagem se desculpando por seu envolvimento no falso relato de assalto que ele disse ter sofrido, no último domingo, durante a Olimpíada ao lado de outros três atletas da equipe de natação dos Estados Unidos.
“Quero pedir desculpas pelo meu comportamento na semana passada – por não ter sido mais cuidadoso e sincero na forma como eu descrevi os eventos daquela manhã e por meu papel em tirar o foco de vários atletas [que estão] realizando seus sonhos em participar da Olimpíada”, escreveu o nadador em mensagem divulgada em seu perfil no Twitter.
“Eu esperei para dividir esses pensamentos até que houvesse uma confirmação de que a situação legal tinha sido resolvida e que estivesse claro que meus colegas de equipe chegariam em casa de forma segura.”
Inicialmente, Lochte e James Feigen haviam dito que sofreram um assalto ao andar de táxi. Os nadadores estavam acompanhados de outros dois atletas, Gunnar Bentz e Jack Conger.
Para investigadores, depoimentos de testemunhas e um vídeo que mostra os atletas em um posto de gasolina reforçaram a tese de que não houve roubo. O grupo teria depredado um banheiro e foi impedido de deixar o local pelos seguranças, que queriam que os atletas pagassem pelo prejuízo. Os nadadores admitiram que estavam bêbados.
Após ficar comprovada a farsa, a polícia informou que os dois serão indiciados por falsa comunicação de crime. Prevista no artigo 340 do Código Penal, ela significa “provocar a ação de autoridade, comunicando-lhe a ocorrência de crime ou de contravenção que sabe não se ter verificado”. A pena é de detenção de um a seis meses ou multa.
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