Sexta-feira, 09 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 28 de julho de 2018
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) enviou uma carta para que fosse lida neste sábado (28) durante a convenção estadual do partido na capital paulista. No texto, o petista diz que “não conseguirão nos derrotar” e que houve “um golpe dentro do golpe com a intenção de tirá-lo das eleições em que é favorito”.
Segundo ele, há representantes do atual governo federal que articularam seu afastamento, mas “não são dignos”. “Não nos representam e não conseguirão nos derrotar”, destacou aos militantes. Lula reforçou a inexistência de provas em sua condenação.
Em seguida, Lula diz que o foco é São Paulo, Estado em que “também estão profundamente fincadas as raízes do PT”. Ao final, o petista reforça as candidaturas do ex-prefeito de São Bernardo do Campo Luiz Marinho ao governo estadual, além de Jilmar Tatto e Eduardo Suplicy ao Senado. “Venceremos com Marinho, Jilmar Tatto, Suplicy e a força do povo” .
Mesmo preso e condenado na Lava-Jato, Lula deve ser oficializado como candidato ao Planalto no dia 4 de agosto, em encontro nacional do PT na capital paulista. O partido organiza um evento com a militância para registrar a candidatura do ex-presidente no TSE (Tribunal Superior Eleitoral), em Brasília, no dia 15 de agosto.
Haddad
O ex-prefeito de São Paulo e coordenador do programa de governo do PT para a Presidência, Fernando Haddad, chegou por volta das 9h40min à convenção estadual do partido.
Durante sua fala, Haddad não assumiu protagonismo como alternativa de candidato à Presidência, na eventual ausência de Lula. Há rumores de que o ex-prefeito esteja agindo nos bastidores neste sentido, porém, de maneira sutil. A simples presença de Haddad na conferência e sua ação como principal interlocutor de Lula seriam sinais de que o ex-prefeito poderia ser uma segunda aposta do partido.
Haddad afirmou também que o Estado deve buscar uma alternativa para o PSDB nas próximas eleições. “Precisamos quebrar o período de 24 anos de um governo paulista que não entrega”, disse, referindo-se à gestão tucana. O ex-prefeito de São Paulo criticou o curto período em que João Dória permaneceu à frente da cidade e disse que o “o PT precisa vingar o povo paulistano que aguentou cortes na cultura e educação por um ano”. “Marinho, me prometa que vai vencer João Dória e tirar os tucanos do poder”, pediu o petista.
Com uma eventual vitória do PT no Estado, Haddad afirma que São Paulo terá uma renovação na maneira de ser gerido, algo que, segundo ele, seria necessário após tanto tempo com um único partido na liderança. “Não achamos que São Paulo é melhor que outros Estados, mas temos que recuperar a vanguarda”, finalizou.
Suplicy
Durante discurso na convenção estadual do PT, o ex-senador e candidato ao Senado, Eduardo Suplicy, destacou que, apesar dos seus 77 anos, ele ainda conta com “energia total para apoiar os candidatos” do partido. Em coro com os militantes, Suplicy clamou pela liberdade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva através do jargão “Lula livre” e declarou seu apoio à candidatura de Lula para a Presidência, paralela à corrida pelo governo do Estado pleiteada pelo ex-prefeito de São Bernardo do Campo Luiz Marinho.
Suplicy também criticou a gestão de Doria. “Fui honrado pelo prefeito Fernando Haddad para cuidar dos direitos humanos na cidade e acompanhei o que acontecia nas ruas. Agora, é o IBGE quem traz a informação: a pobreza aumentou em 35% em São Paulo enquanto Doria era líder”, argumentou. “Temos que reverter isso”, acrescentou.