Segunda-feira, 07 de outubro de 2024
Por Redação O Sul | 15 de junho de 2016
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
Os dois votos revertidos contra o presidente afastado da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), no Conselho de Ética da Casa, que o levarão à CCJ (Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania) e ao plenário, com alto risco de cassação, não foram motivados apenas por decisão pessoal dos deputados Tia Eron (PRB-BA) e Wladimir Costa (SD-PA) diante da esperada pressão dos eleitores.
Conforme dois deputados pró-Cunha, os votos decisivos foram liberados horas antes pelos seus partidos porque o governo do presidente interino Michel Temer não “cumpriu acordos”. Depreende-se do caso que Temer e ministros jogaram Cunha aos leões, em prol da estabilidade do governo.
Fator Maranhão
Vale lembrar que Temer já fechou aliança com o presidente interino da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA), sucessor de Cunha e que deve continuar no cargo.
Do contra
PSDB e DEM, fechados com Michel Temer, não apoiam o presidente afastado e votarão pela cassação no plenário.
Choro no ombro
Após a votação, “eduardianos” se diziam atônitos. O deputado Carlos Marun (PMDB-MS) revelou a próximos que Cunha está irritado porque a esposa, Cláudia Cruz, caiu na boca do povo.
Fundo$
A criação de um Comitê de Investimentos nos Fundos de Pensão estatais poderá ser a saída sugerida pelos líderes da base do governo para solucionar as divergências sobre os controles fiscal e monetário das instituições. Resta saber quem indicará os futuros membros. Hoje, os fundos estão partidarizados e deu no que deu: um rombo de bilhões de reais.
A missão
Os deputados Marcos Pestana (PSDB-MG), responsável pela elaboração da proposta, e Efraim Morais Filho (DEM-PB), ex-presidente da CPI dos Fundos, foram destacados para construírem a saída.
Diagnóstico eleitoral
O deputado Mario Heringer (PDT-MG) lucrou com o “Mais Médicos”: ele ganhou a classe em Minas Gerais, seu reduto eleitoral, ao criticar o programa. Apesar de médico, ele diz que nunca foi eleito com voto do jaleco, mas de lavradores e agronegócio.
Apito mudo
Em Brasília, o ex-ministro Cesar Borges ganhou apelido de “Apito Mudo”: ninguém dá ouvidos ou abre portas para as suas lamúrias e pedidos de emprego no governo Temer.
Dia do Fico
Taxia nos hangares da Infraero a informação de que Gustavo do Valle, ex-presidente o órgão, será confirmado como assessor especial, com regalias, do sucessor Antonio Claret.
A conferir
O líder do governo na Câmara, André Moura (PSC-SE), anunciou que os cortes nas despesas públicas, com a proposta de emenda à Constituição a ser entregue hoje por Temer, preservará receitas da Saúde e Educação. Ele garantiu que as conquistas sociais das duas áreas serão mantidas com a implementação do teto de gastos.
Brizolinha no Rio
Brizola Neto, o Carlito, ex-ministro do Trabalho de Dilma, será candidato a prefeito de São Gonçalo (RJ) pelo PDT. O anúncio foi feito na reunião do Diretório fluminense. A cidade, colada em Niterói, é o segundo maior colégio eleitoral do Estado.
PDT, a noiva
Presidente do PDT, Carlos Lupi, avalia dois convites para vice em chapas para a prefeitura do Rio de Janeiro. De Jandira Feghali (PCdoB) – o PT abriria mão, neste caso – e do deputado federal Pedro Paulo (PMDB), o escolhido por Eduardo Paes para sucedê-lo.
Saúde, Bené!
A deputada federal Benedita da Silva (PT-RJ) foi operada às pressas no Hospital Sara Kubitschek, em Brasília. Ela teve problemas sérios de coluna.
Correção
Valmir Campello já está aposentado do TCU (Tribunal de Contas da União) e não é mais ministro, conforme citado aqui. E deve assumir o PTB do Distrito Federal.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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