Domingo, 23 de novembro de 2025
Por Redação O Sul | 25 de agosto de 2015
O presidente da Fifa (entidade máxima do futebol), o suíço Joseph Blatter, que deixará o cargo em fevereiro de 2016 devido ao escândalo sobre supostos subornos a dirigentes da entidade, afirmou nessa segunda-feira que o futebol não é um esporte corrupto. “A instituição não é corrupta. Não há corrupção no futebol, e sim nos indivíduos. São as pessoas. Sei o que fiz e o que não fiz. Tenho minha consciência e sei que sou um homem honesto. Estou limpo”, disse Blatter, 79 anos, em entrevista à emissora pública britânica BBC.
No cargo desde 1998, o mandatário anunciou sua renúncia quatro dias após ser reeleito, no fim de maio, após a prisão de sete altos cargos do organismo. “Fiz isso porque queria proteger a Fifa. Eu posso proteger a mim mesmo, sou forte o suficiente”, argumentou. O dirigente acrescentou que não se sente “moralmente responsável” pelos atos de dirigentes como o norte-americano Chuck Blazer, que admitiu ter recebido propinas relacionadas à Copa do Mundo de 2010, realizada na África do Sul.
Delação
Blazer, que chegou a acumular fortuna avaliada em 22 milhões de dólares, ocultos em empresas de fachada, aceitou colaborar com a Justiça dos Estados Unidos em 2011 para evitar a prisão. A delação do dirigente foi fundamental para que o Departamento de Justiça dos EUA apresentasse acusações contra nove diretores da Fifa e outras cinco pessoas vinculadas à organização.
(EFE)