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Brasil “Não existe superfaturamento em parceria público-privada”, disse o ex-governador da Bahia, Jaques Wagner

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Ex-governador se defendeu das acusações. (Foto: Valter Campanato/ Agência Brasil)

O ex-governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), negou ter recebido recursos ilícitos de empreiteiras e afirmou que não houve superfaturamento obras de reconstrução da Arena Fonte Nova.

“Repilo a ideia de receber propina. Nunca pedi nem nunca recebi propina. Eu não peço e não autorizo ninguém a pedir qualquer tipo de reciprocidade por obras feitas”, disse o petista.

Segundo a Polícia Federal, Wagner teria recebido R$ 82 milhões das empreiteiras OAS e Odebrecht pelo superfaturamento do contrato de reconstrução e gestão do estádio da Fonte Nova. As suspeitas fazem parte do inquérito da Polícia Federal, que cumpriu na manhã desta segunda-feira (26) mandados de busca e apreensão em sete endereços em Salvador no âmbito da Operação “Cartão Vermelho”.

Jaques Wagner afirmou que há uma incompreensão da Polícia Federal e do Tribunal de Contas do Estado da Bahia do que é uma PPP (Parceria Público-Privada).

“Em PPP, não existe a figura do superfaturamento, como se está se insistindo em falar”, disse o ex-governador, ressaltando que a parceria foi precedida de consulta pública.

Ele afirmou ser uma “aberração” a Polícia Federal afirmar que houve direcionamento por causa da exigência de expertise em demolição. E disse “estranhar” o fato de a operação da Polícia Federal acontecer cinco anos depois do início do inquérito.

Sobre os 15 relógios apreendidos, Wagner negou que eles sejam luxuosos. “Se tiver é um ou outro que tem um valor um pouco maior. A maioria dos relógios são absolutamente simples. Eu gosto de relógios, mas não tem nenhum valor ali de luxo”, disse

Ele ainda questionou o fato de a delegada afirmar que os objetos são luxuosos antes de eles serem periciados.

Os advogados do ex-governador Jaques Wagner, Thiago Campos e Pablo Domingues, questionaram a competência da Justiça Federal em apreciar o caso, alegando que as obras eram tocadas com recursos do governo do Estado.

Relógios para presentear

As investigações da Polícia Federal no âmbito da Operação Cartão Vermelho, deflagrada na manhã desta segunda-feira (26), apontam que, além de recursos para campanha, o ex-governador da Bahia Jaques Wagner (PT) recebia presentes das empreiteiras.

De acordo com o depoimento de delatores da Odebrecht, Wagner costumava pedir que as empreiteiras comprassem relógios, quando ele precisava presentear pessoas próximas.

“É sabido que ele tem muito interesse em relógios”, afirmou a delegada Luciana Matutino, responsável pelas investigações.

Durante a busca e apreensão na manhã desta segunda, a Polícia Federal apreendeu 15 relógios de luxo no apartamento de Jaques Wagner, no Corredor da Vitória, área nobre de Salvador.

Os relógios apreendidos serão submetidos a perícia técnica para apurar os seus respectivos valores. A PF vai apurar se os relógios de luxo foram presenteados por empreiteiras que obtiveram contratos com o governo da Bahia.

Os presentes da Odebrecht a Jaques Wagner já tinham sido citados na delação do ex-executivo da Odebrecht Cláudio Melo Filho, que informou que presenteou o ex-governador baiano com um relógio em seu aniversário. O presente teve custo estimado em US$ 20 mil.

Em entrevista à rádio “Metrópole”, em dezembro de 2016, Jaques Wagner confirmou que recebeu o relógio, mas classificou como “cretinice” o presente ter sido citado na delação do ex-executivo da Odebrecht.

“Eu achei uma cretinice dele. Se eu fiz meu aniversario, ele me deu de presente uma garrafa de vinho, uma gravata, um relógio ou uma cesta de Natal, eu não vou ficar perguntando ao cara quanto custou”, afirmou.

Wagner ainda disse não ter usado o presente dado pelos empresários: “Para dizer a verdade, eu guardei e nunca usei, eu uso outro tipo de relógio”.

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