Quinta-feira, 25 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 1 de julho de 2019
Publicações em redes sociais afirmam que o ministro Sérgio Moro (Justiça e Segurança Pública) teria trocado mensagens de áudio com o procurador da República Deltan Dallagnol criticando o presidente Jair Bolsonaro. Não há, no entanto, evidências que comprovem a existência das mensagens e tampouco integram a série de reportagens publicadas até o momento pelo site The Intercept Brasil.
De acordo com os posts no Facebook, Moro teria chamado Bolsonaro de “imbecil” em áudio enviado a Dallagnol, que responderia chamando o presidente de “ameba”. A publicação não informa quando o áudio teria sido supostamente compartilhado nem o contexto da conversa. Tudo indica que se trata de uma falsidade.
Nas reportagens publicadas pelo The Intercept Brasil até o momento, o presidente Bolsonaro não é citado em conversa nem é xingado em áudio. Outras duas reportagens publicadas pela Folha de S.Paulo com o mesmo material também não citam troca de mensagens com esse conteúdo entre o procurador e o então juiz federal.
O The Intercept Brasil afirmou que o conteúdo é falso: “O suposto dialogo é falso e não faz parte do arquivo do Intercept Brasil”. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.
Manifestações
Nos atos de apoio à Operação Lava-Jato e ao governo de Jair Bolsonaro que ocorreram em várias cidades brasileiras no domingo (30), as convocações partiram de centenas de fontes diferentes que são menos parecidas entre si do que um olhar distante supõe, conforme informações da revista Época.
Há ao menos 200 movimentos que, ao mesmo tempo que protestam contra a corrupção, competem por atenção entre si. Há disputas internas, rachas e até brigas por quem consegue o melhor espaço nas ruas.
Um dos mais antigos movimentos “anticorrupção” é o Revoltados On-Line. Atualmente, o grupo é claramente um apoiador do governo Bolsonaro, mas, em 2010, quando surgiu, era apenas um fórum de internet. Grande parte dos grupos em atuação nasceram em 2014, quando a Lava-Jato começou, e ao longo do processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff.
No entanto, mesmo após a saída de Dilma da Presidência da República, dezenas de movimentos continuaram sendo fundados e hoje a maioria serve de base para o PSL, o partido do presidente Bolsonaro.
A convocação para os atos de domingo ainda envolveu influenciadores digitais, muitos deles agora eleitos deputados federais.