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Por Redação O Sul | 24 de julho de 2018
O pré-candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, reafirmou nesta terça-feira que “não há hipótese” de retorno do imposto sindical caso ele seja eleito na eleição de outubro.
Em evento na Amcham (Câmara Americana de Comércio) em São Paulo, Alckmin se disse favorável à reforma trabalhista, quando indagado sobre a medida, e negou a possibilidade de volta do tributo.
“Não há nenhuma hipótese de voltar imposto sindical. Nenhuma hipótese”, disse o tucano, sendo aplaudido pela plateia de empresários.
A volta do imposto sindical seria uma das condições para que Alckmin obtivesse o apoio do chamado blocão —grupo formado por PP, DEM, PR, PRB e Solidariedade—, que na semana passada fechou um acordo para apoiar o tucano nas eleições.
Na sexta-feira, um tuíte no perfil do tucano descartou essa possibilidade. “Ao contrário do que está circulando nas redes, não vamos revogar nenhum dos principais pontos da reforma trabalhista. Não há plano de trazer de volta a contribuição sindical.”
Diante da reação do deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força, do Solidariedade, Alckmin admitiu depois a busca para uma alternativa para o financiamento dos sindicatos, segundo relato do próprio deputado.
Alckmin também comemorou o acerto com o grupo de partidos do blocão, que lhe dará o maior tempo de TV na propaganda eleitoral, e rebateu adversários que chegaram a negociar com o blocão e o criticaram pelo acerto.
“É como o rapaz mal-educado que paquerou a moça, quis namorar a moça, levou o fora e saiu falando mal da moça”, comparou.
O apoio do blocão a Alckmin, fechado na semana passada, deverá ser anunciado oficialmente na próxima quinta-feira.
Vice indefinido
O empresário Josué Gomes (PR), filho do ex-vice-presidente José Alencar, avisou ao ex-governador Geraldo Alckmin, do PSDB, que não será seu candidato a vice nas eleições de 2018. O apoio do PR segue mantido e a escolha do companheiro de chapa do tucano voltará a ser discutida pelo Centrão. A informação foi divulgada pelo G1 e pelo Estadão/Broadcast.
Nesta terça-feira, em evento em São Paulo, Alckmin não confirmou a conversa: “Se ele puder ser (vice), será um grande nome. Se não for o Josué, vamos buscar outro nome. Não está totalmente fechado”.
Na segunda-feira Alckmin e Josué se encontram duas vezes. O primeiro ocorreu pela manhã e o segundo, à tarde. No último encontro, Josué afirmou a Alckmin que ele poderia se sentir à vontade para buscar um novo nome e comunicou que não aceitaria a indicação do seu partido.
Josué tinha uma conversa com petistas, nesta terça, sobre a disputa presidencial. O PT quer convencê-lo a disputar a vice na chapa de Fernando Pimentel ao governo de Minas Gerais. Os dois deveriam se encontrar à tarde, mas a reunião foi cancelada. O PR, em Minas, deve apoiar a reeleição do governador petista.
Na semana passada, Josué foi indicado pelo líder do PR, Valdemar Costa Neto, como possível vice de Alckmin após o Centrão decidir apoiar o tucano. Em viagem ao exterior, o empresário divulgou nota na qual evitou se comprometer com a candidatura e avisou que tomaria uma decisão quando voltasse ao País.