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Por Redação O Sul | 22 de janeiro de 2022
A diretora da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Meiruze Sousa Freitas, reforçou durante o voto favorável que concedeu para o uso da vacina Coronavac para jovens de 6 a 17 anos que “não há nenhuma vacina experimental sendo aplicada no país”, termo que é comumente utilizado por pessoas contrárias à imunização.
Meiruze também relembrou os procedimentos criteriosos adotados pela agência para a aprovação de vacinas e medicamentos. “A Anvisa apenas aprova uma vacina contra a covid após uma avaliação criteriosa que demonstra o cumprimento de padrões de qualidade, segurança e eficácia exigidos para qualquer vacina que seja utilizada no Brasil”.
E acrescentou ainda que todas vacinas aprovadas passaram pelas fases 1,2 e 3 antes de serem disponibilizadas no país. “As pessoas não são cobaias”, afirmou.
Coronavac para crianças – A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou a imunização em caráter emergencial de crianças e adolescentes sem comorbidades entre 6 a 17 anos contra covid com a vacina Coronavac.
A diretoria seguiu a linha da recomendação apresentada pelo gerente-geral de Medicamentos, Gustavo Mendes, de que para esse público-alvo foram apresentados dados que atestam os benefícios dessa imunização, reduzindo a ocorrência de casos graves, internações e mortes.
“A totalidade das evidências científicas disponíveis sugerem que há benefícios e segurança para utilização da vacina na população pediátrica”, disse Gustavo, ao destacar que a dosagem da vacina é a mesma que a dos adultos.
A agência concordou parcialmente com o pedido que tinha sido apresentado pelo Instituto Butantan, vinculado ao governo paulista.
O pedido original era para que fossem aplicadas em crianças e adolescentes entre 3 a 17 anos independentemente de terem qualquer tipo de comprometimento da imunidade. Mas a diretoria entendeu que não foram apresentados dados suficientes para garantir segurança para esse público estendido.
A aplicação da Coronavac será em duas doses, com intervalo de 28 dias.
O gerente da Anvisa disse que, dessa vez, foram apresentados o estudo de fase 3 sobre o desempenho da vacina para crianças liberada no Chile. Em agosto passado, a agência rejeitou o uso do imunizante para o público pediátrico.
Lençóis Paulista
O município de Lençóis Paulista, no interior do Estado de São Paulo, suspendeu a vacinação infantil contra a covid por sete dias na última quarta-feira, depois de uma criança de dez anos sofrer uma parada cardíaca 12 horas depois de receber a versão pediátrica do imunizante da Pfizer contra o coronavírus, informou a prefeitura da cidade em nota, acrescentando que a criança está estável e consciente.
De acordo com a nota, apesar da decisão do comitê de combate à covid na cidade, os pais que quiserem vacinar seus filhos poderão fazê-lo mesmo com a suspensão, desde que realizem agendamento.