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Brasil “Não se pode combater organizações criminosas tornando-se uma”, diz o ministro do Supremo Gilmar Mendes

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Ministro afirma que MP funciona para aumentar os vencimentos de procuradores e promotores, mas não para puni-los. (Foto: Carlos Moura/SCO/STF)

“Não pode combater organizações criminosas tornando-se uma”, afirmou Gilmar Mendes, ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) sobre as conversas divulgadas pelo site The Intercept entre o ministro Sérgio Moro e Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa da Lava-Jato no MPF (Ministério Público Federal) em Curitiba.

Mendes deu entrevista na terça-feira (18), horas antes do Intercept revelar novas conversas entre o ministro da Justiça e o procurador. As mensagens sugerem que a Lava-Jato não quis investigar suspeitas de corrupção envolvendo o instituto criado pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB-SP) para não melindrá-lo e porque o caso poderia ajudar na defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Mendes classificou o vazamento das mensagens como sério, mas diz que é necessário atentar ao que é revelado nos diálogos assim como a forma como eles foram obtidos e se são mesmo reais.

Hackeamento

O ministro Gilmar Mendes afirmou na semana passada que o hackeamento de autoridades é “muito grave” e defendeu que sejam tomadas providências em relação ao caso. Antes da sessão do plenário, Mendes comentou ataques cibernéticos a procuradores e outros agentes públicos, registrados nos últimos dias.

“Precisamos saber do que se trata, não temos visão segura de que é hackeamento. Esse é o grande problema hoje, no mundo todo. Estamos vivendo essa realidade. Por qualquer descuido nossas mensagens ficam à disposição. Temos no tribunal o plenário virtual, veja o tumulto que pode ocasionar uma invasão. Preparamos votos no sistema, muitas vezes deixamos votos em elaboração, podemos mudar esse voto. Imagine o hackeamento, a violação no meio da preparação de um voto, isso tem resultados trágicos, passa a ter valor de mercado. isso é muito grave”, afirmou o ministro.

O ministro defendeu providências em relação a ataques: “Evidentemente que todos nós devemos nos preocupar com essa questão da segurança, é preciso tomar providências em relação a isso, é tema extremamente sério.”

Outros ministros do Supremo

Marco Aurélio Mello comentou a divulgação de mensagens trocadas entre o ex-juiz Sérgio Moro, atual ministro da Justiça, e o procurador da Lava-Jato Deltan Dallagnol, divulgadas pelo site The Intercept.

Mello afirmou não ter medo de ser hackeado: “Eu sou um cidadão, sou homem público, devo contas aos contribuintes. Eu falo muito pouco ao telefone, muito pouco mesmo”, disse. Ao ser perguntado sobre mensagens por aplicativo, ele completou: “Pelo WhatsApp, troco mensagens, né. Não tenho nada a esconder. E não mantenho diálogos fora do processo com as partes.”

Ricardo Lewandowski afirmou que não falaria sobre o episódio porque a questão será julgada pelo Supremo, se as conversas podem afetar o processo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “Juiz só pode emitir opinião se isso estiver formalizado nos autos. Em tese, não posso dar opinião.”

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