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Não sobra nada

O orçamento do Estado para 2019, elaborado na Secretaria da Fazenda, não prevê recursos próprios para investimentos em obras. (Foto: Sefaz/Divulgação)

O orçamento do Estado do Rio Grande do Sul para este ano prevê receita de 50 bilhões e 400 milhões de reais com despesas de 57 bilhões e 800 milhões. A disponibilidade para obras com recursos próprios é zero. Os poucos investimentos dependerão exclusivamente de repasses do governo federal.

Distantes

Obras no Estado significam, por exemplo, a duplicação e manutenção das rodovias para escoamento de mercadorias. É incrível: o setor que produz mantém-se em silêncio diante da indigência dos cofres públicos, como se isso fosse uma fatalidade.

Cá para nós, fica fácil ser governador sem a cobrança dos empresários que pagam impostos e não exigem retorno.

Ressuscitando uma prática

“O que pensam os Estados, pensa a União”. Com esta frase, Campos Sales, que foi presidente da República, de 1898 a 1902, criou o que passou a ser chamado de Política dos Estados. Era uma estratégia de reciprocidade por meio da qual os governadores tinham pleno entendimento com a União e, em troca, influenciavam as bancadas federais para aprovação de projetos no Congresso.

Busca do entendimento

Ao se aproximar dos governadores e expor projetos com antecedência, como fará hoje em relação ao combate à violência, a gestão Bolsonaro segue a linha criada por Campos Salles.

Basta olhar de perto

Somando a força do DEM, que preside o Senado e Câmara dos Deputados, e de sua costela, o PSD, que tem a segunda maior bancada de senadores, fica-se conhecendo quem manda no Congresso.

Bom para o País

Alguns analistas preveem que Renan Calheiros vai liderar a oposição no Senado. Ficará na vontade. O estilo raposão do nordestino carimbado está fulminado. Até quarta-feira da semana passada, sua eleição para presidência era dada como certa. Em três dias, os ventos viraram e sua sustentação veio abaixo.

Estão enganados

Admiradores de Renan duvidam que o novo presidente do Senado, Davi Alcolumbre, será capaz de construir maioria e costurar consensos. Esquecem um ditado infalível no Parlamento: o poder une.

Carreira de sucesso

A senadora Selma Arruda, eleita pelo PSL de Mato Grosso, é gaúcha. Nasceu em Camaquã, veio para Canoas, tendo concluído em 1985 a Faculdade de Direito Ritter dos Reis. Em 1986, mudou-se para Rondonópolis, ingressando por concurso na Justiça Estadual do Mato Grosso, onde se aposentou. Em outubro do ano passado, Selma foi a primeira colocada com 678 mil e 542 votos. O segundo, Jayme Campos, do DEM, ficou com 490 mil e 699 votos.

Inoportunos se recolheram

Sobre as sessões tumultuadas do Senado, sexta-feira e sábado, cabe um registro pelo ineditismo. Em ocasiões anteriores, quando um tema de importância estava em debate, despertando atenção nacional, sempre aparecia um parlamentar pedindo espaço na tribuna. Interrompia a sequência das intervenções para homenagear o aniversário de uma pequena cidade, no interior de seu Estado, anunciando ainda quais foram os cantores sertanejos que se apresentaram.

Na ausência de ovos, recebia vaias.

Há 20 anos

Notícia de 4 de fevereiro de 1999: Henrique Fontana estreou na Câmara, reapresentando projeto do ex-deputado Miguel Rossetto, que modificava o critério de ressarcimento da Lei Kandir, de incentivos às exportações. Em 1997, o Rio Grande do Sul deveria receber 561 milhões de reais e só chegaram 40 milhões.

Linguagem da penúria

Os sete governadores, que decretaram estado de calamidade financeira, costumam repetir a mesma frase, quando lhes perguntam como anda a situação: “O pior está por vir”.

 

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