Sábado, 03 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 1 de janeiro de 2019
Em mensagem divulgada pouco antes da meia noite desta terça-feira (1º), o ex-presidente Lula recomendou aos seus apoiadores que não baixem a cabeça e disse que 2019 será um ano de “resistência e luta”, em referência ao novo governo do presidente eleito, Jair Bolsonaro.
“Não vamos baixar a cabeça nem deixar que tirem nossa alegria de viver e de batalhar por dias melhores. Nós sempre tivemos coragem de lutar e temos coragem de recomeçar”, afirmou Lula em texto publicado na página do PT (Partido dos Trabalhadores) na internet.
O ex-presidente citou Chico Buarque na mensagem. “Como diz a canção do grande Chico Buarque: ‘Amanhã vai ser outro dia'” e lembrou que passaria o Ano-Novo encarcerado.
“Como vocês sabem, vou passar o Ano-Novo em uma cela em que fui preso sem ter cometido crime nenhum, condenado sem provas e sem direito a um julgamento justo. Mas não me sinto só. Não estou só.”
Manifestantes
Cerca de 1.500 militantes que defendem o ex-presidente Lula estiveram na segunda-feira (31) em uma celebração de Ano-Novo em frente à sede da PF (Polícia Federal), em Curitiba – onde o petista está preso desde abril. A Vigília Lula Livre, que organiza um acampamento em frente à PF, preparou atividades culturais e artísticas ao longo do dia, além de uma celebração ecumênica.
Na cela da PF, Lula teve um Ano-Novo igual ao dos demais presos: visitas não são permitidas, e o cardápio deve ser o mesmo dos outros detentos. Do lado de fora, os manifestantes prepararam gritos de “bom dia”, “boa tarde” e “boa noite” ao ex-presidente, além de um “feliz Ano-Novo”. Muitos deles vieram em caravana de outros Estados, como Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo e Santa Catarina.
Visitas
A juíza Carolina Lebbos, da 12ª Vara Federal de Curitiba, negou, no início de dezembro, visita de membros da comissão de Direitos Humanos do Senado a Lula. As informações são do portal de notícias UOL.
Lebbos é responsável pela execução penal de Lula. Já outra juíza, a substituta Gabriela Hardt, da 13ª Vara, está conduzindo os processos da operação Lava-Jato em que o petista é réu desde que o juiz federal Sérgio Moro pediu exoneração para aceitar o cargo de ministro da Justiça no futuro governo do presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL)
Em seu despacho, Lebbos justifica a decisão afirmando que o lugar em que Lula está preso já foi inspecionado por diversas comissões parlamentares, inclusive também compostas pelos senadores que solicitaram a visita: Regina Sousa (PT-PI), Fátima Bezerra (PT-RN), Vanessa Grazziotin (PCdoB-SC), Paulo Rocha (PT-PA), José Pimentel (PT-CE), Humberto Costa (PT-PE), Paulo Paim (PT-RS), Lindbergh Farias (PTRJ), Gleisi Hoffmann (PT-SC), Jorge Viana (PT-AC), Roberto Requião (MDB-PR) e João Capiberibe (PSB-AP).
Os senadores pediram para que as visitas acontecessem entre 11 e 13 de dezembro. Ela destacou que, desde que foi preso, Lula recebe visitas regulares de familiares e amigos, além “de denominadas visitas religiosas e atendimento médico”, além de receber advogados.
(Foto: Reprodução/PT)