Terça-feira, 13 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 22 de abril de 2016
Um tipo de “barraca inflável” que, no futuro, deverá abrigar os passageiros das viagens a Marte foi enviado à ISS (Estação Espacial Internacional, na sigla em inglês). Durante dois anos, a Nasa vai testar o protótipo para verificar como as cápsulas leves de tecido, chamadas Beam (Módulo Expansível de Atividade Bigelow, na sigla em inglês), se comparam às habitações orbitais tradicionais feitas de metal. A agência americana quer saber se essas cápsulas infláveis poderiam servir como moradia para tripulações durante as longas viagens de três anos de ida e volta ao planeta vermelho.
O habitat (é assim que a Nasa se refere ao módulo), fabricado pela empresa Bigelow Aerospace, dos Estados Unidos, foi colocado dentro de uma cápsula (Dragon). Controladores na Terra usaram um braço robótico para retirar o módulo, de 1,4 mil quilos do compartimento de carga da cápsula e acoplá-lo a um porto de atracação.
Em breve, os astronautas irão inflar a estrutura Beam com ar pressurizado, aumentando seu volume até que atinja o tamanho aproximado de um pequeno quarto de dormir. O período de teste do módulo, que é feito com camadas de tecido e coberto com um material flexível que lembra o Kevlar (fibra sintética leve e resistente), tem como objetivo determinar quão bem ele suporta as variações de temperatura e o ambiente de alta radiação do espaço.
Parceiros.
Além disso, a Nasa anunciou que busca projetos e tecnologias nas áreas de habitação, de propulsão avançada e pequenos satélites. A ideia é fabricar habitações que possam ter longa duração no espaço e que sirvam de casas para os astronautas, evitando que eles fiquem expostos à radiação ou sofram com alterações provocadas por longos períodos em condições sem gravidade.
Até 15 de junho, empresas americanas, universidades e organizações sem fins lucrativos podem enviar propostas por e-mail para a Nasa. Os candidatos poderão fazer perguntas durante um fórum, que será realizado na próxima segunda-feira.
“A Nasa está abraçando as parcerias público-privadas para expandir a capacidade e as oportunidades no Espaço”, disse Jason Crusan, diretor da Divisão de Exploração Sistemas Avançados da Nasa, que lidera o projeto.