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Mundo Nascido em Nova York e filho de pais brasileiros, político usou cartões de crédito de seus doadores sem autorização para comprar roupas de grife, quitar a entrada de automóvel e sacar dinheiro em caixas eletrônicos

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O ex-deputado republicano George Santos deixou a prisão após ordem de Donald Trump. (Foto: Reprodução)

O ex-deputado republicano George Santos cumpria pena de sete anos até deixar a prisão federal em Nova Jersey, nos Estados Unidos, na última sexta-feira. A interrupção do cárcere, iniciado em julho deste ano, aconteceu após a ordem do presidente do EUA, Donald Trump, por sua liberdade. Santos havia sido condenado por fraude eletrônica e roubo de identidade qualificado. Nascido em Nova York e filho de pais brasileiros, o político usou cartões de crédito de seus doadores sem autorização para comprar roupas de grife, quitar a entrada de automóvel e sacar dinheiro em caixas eletrônicos, segundo a Promotoria.

Antes mesmo de ser preso, Santos teve o mandato cassado após uma série de acusações, incluindo a de que teria falsificado seu currículo para conseguir vencer as primárias do partido e concorrer ao cargo.

No ano passado, Santos se declarou culpado das acusações de fraude eletrônica e roubo de identidade qualificado e admitiu uma série de outros esquemas, incluindo lavagem de dinheiro, mentiras ao Congresso e recebimento fraudulento de benefícios de desemprego. Em julho, ele se apresentou à prisão para dar início ao cumprimento da pena.

A condenação ocorreu em abril deste ano. Na ocasião, os advogados de Santos solicitaram uma pena de 24 meses de prisão, a pena federal mínima para o roubo de identidade qualificado. Eles enfatizaram a natureza não violenta dos crimes, escrevendo em carta ao tribunal que “sua conduta, embora envolvesse desonestidade e abuso de confiança, surgiu em grande parte de um desespero equivocado relacionado à sua campanha política, em vez de uma malícia inerente”.

Promotores do Distrito Leste de Nova York retrataram Santos como um vigarista sem arrependimento que retornou repetidamente ao estilo de vida criminoso, tornando-se mais audacioso com o passar dos anos. E embora Santos tenha expressado contrição no tribunal, eles argumentaram que suas postagens no X.com atacando o Departamento de Justiça e se retratando como vítima de perseguição judicial contradiziam qualquer arrependimento genuíno.

“Suas ações falam mais alto do que quaisquer palavras, e clamam por uma sentença significativa de prisão neste caso”, escreveram os promotores em um memorando suplementar.

Ordem de Trump

A saída de George Santos da prisão aconteceu após a ordem de Donald Trump, com a sentença comutada. “George está em confinamento solitário há longos períodos e, segundo todos os relatos, tem sido terrivelmente maltratado. Por isso, acabei de assinar uma Comutação, libertando George Santos da prisão, IMEDIATAMENTE. Boa sorte, George”, escreveu Trump em sua rede social, o Truth Social.

Para Trump, Santos “era um tanto ‘desonesto’, mas há muitos desonestos em todo o país que não são obrigados a cumprir sete anos de prisão”, citando o senador democrata Richard Blumenthal, que, de acordo com o presidente, mentiu sobre sua participação na guerra do Vietnã. A controvérsia é antiga, e envolve declarações do senador feitas no passado, nas quais sugeria que havia lutado no conflito — em 2010, ele reconheceu que serviu na reserva da Marinha durante a guerra, mas não foi enviado às linhas de frente no Sudeste Asiático. Na semana anterior, Trump, que não serviu nas Forças Armadas, pediu que o caso seja investigado.

“Isso é muito pior do que o que George Santos fez, e pelo menos Santos teve a coragem, a convicção e a inteligência para SEMPRE VOTAR NOS REPUBLICANOS!”, afirmou.

Quem é George Santos? Filho de imigrantes brasileiros, George Santos, de 37 anos, se apresentou como a “nova cara do Partido Republicano” e construiu uma figura de candidato nas eleições legislativas de novembro de 2022, baseada em mentiras sobre sua educação, religião, experiência profissional, bens e salários. Ele chegou a falsificar sua história familiar, afirmando ser descendente de judeus sobreviventes do Holocausto que fugiram da barbárie nazista durante a Segunda Guerra Mundial.

Uma investigação realizada pelo jornal The New York Times, quando ele já estava no Congresso dos EUA, revelou suas mentiras. Segundo a promotoria, o ex-deputado enganou doadores de sua campanha ao transferir dinheiro para sua própria conta e usá-lo para pagar dívidas pessoais, comprar roupas de grife ou fazer pagamentos com os cartões de crédito de seus próprios apoiadores sem autorização. Ele também é acusado de receber benefícios de desemprego aos quais não tinha direito durante a pandemia de coronavírus, antes de sua eleição.

Em dezembro passado, a Câmara dos Representantes expulsou o republicano, tornando-o o sexto congressista a ser obrigado a abandonar seu cargo na história da instituição. Mais de dois terços de seus colegas votaram para expulsá-lo, incluindo mais de cem republicanos. A comissão de ética da Câmara o acusou de ter “desacreditado gravemente” o órgão legislativo. As informações são do jornal O Globo e de agências internacionais de notícias.

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