Domingo, 11 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 27 de setembro de 2015
A prisão do segundo operador do PMDB na diretoria Internacional da Petrobras, João Augusto Henriques, ampliou as investigações da Operação Lava-Jato sobre suspeitas de irregularidades em negócios mantidos pela petrolífera em dez países: Paraguai, Uruguai, Argentina, Equador, Chile, Colômbia, Bolívia, Japão, Estados Unidos e Namíbia.
“Restou evidenciado que Henriques participou de forma sistemática da corrupção na diretoria internacional, inclusive operando contas ocultas no exterior, cuja correta localização é ignorada”, afirmou o MPF (Ministério Público Federal). Ele foi preso na segunda-feira, durante a 19ª fase da Lava-Jato (Nessun Dorma).
Os procuradores da força-tarefa relacionaram cinco evidências que permitiram a prisão do lobista e o cumprimento de mandados de busca e apreensão: a venda da Refinaria de San Lorenzo (Argentina), no Projeto Atreu; a compra de 50% da participação no bloco 2714-A, offshore da Namíbia; a contratação da empresa Vantage Drilling para o fretamento do navio-sonda Titanium Explorer; a venda de 27,3% da participação na Edesur (Empresa Distribuidora Sur Sociedad Anónima), distribuidora argentina de energia elétrica; e a contratação da Odebrecht para serviços de segurança, meio ambiente e saúde em ativos da estatal no exterior.
A Polícia Federal agora se empenha na perícia de contratos, documentos e computadores apreendidos na casa de Henriques, no Rio, e nas sedes da empresa Trend Empreendimentos – usada para intermediar propinas.