Por Redação O Sul | 8 de novembro de 2015
Um dos mais próximos conselheiros políticos e jurídico do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, advogado e consultor de empreiteiras, amigo de ministros do STF (Supremo Tribunal Federal). Desde o agravamento da atual crise, o ex-ministro da Defesa Nelson Jobim tem desempenhado papéis variados em frentes como a Operação Lava-Jato e as ameaças de impeachment da presidenta Dilma Rousseff.
Relator da comissão do Congresso Nacional que levou ao afastamento do presidente Fernando Collor de Mello, em 1992, agora teria partido de Jobim a ideia de contestar no STF o rito de impeachment definido pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
Essa ajuda, porém, ocorre mais pela proximidade com o petista, pois a relação entre Jobim e Dilma é ruim desde que ambos integravam ministérios de Lula. As diferenças entre eles ficaram claras em uma recente palestra a juízes federais de São Paulo. “O melhor cenário para Lula é o impeachment”, disse o ex-ministro. A ideia é de que, com a queda de sua sucessora, Lula poderia chegar à eleição de 2018 como candidato de “oposição”, sem o desgate em caso de permanência da presidenta.
Jobim tem a seu favor, ainda, uma boa relação com o PMDB, pelo qual foi eleito duas vezes deputado federal. O mesmo se pode dizer em relação ao PSDB, pois foi ministro da Justiça (1995-1997) no primeiro mandato do presidente Fernando Henrique Cardoso, que o indicou ao STF (1997-2006).
Ele também é próximo do senador tucano José Serra e tem trânsito livre junto ao peemedebista Michel Temer, vice de Dilma. “Trata-se de um nome que reúne os predicados para fazer a ponte entre os partidos”, elogia o senador Valdir Raupp (RO), presidente interino do PMDB. (AE)
