Quarta-feira, 07 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 14 de maio de 2019
Atrás das curtidas, postagens e compartilhamentos da vida perfeita das redes sociais e além dos flashes e holofotes dos famosos existe um outro Brasil, em que aproximadamente 25% da população sobrevive com menos de R$ 500 por mês e seis em cada dez crianças e adolescentes vivem em situações precárias. Somado a tudo isso, corrupção, má distribuição de renda, altos índices de criminalidade, desemprego e serviços públicos precários revelam o que muitos desconhecem. Na contramão desse cenário, existem projetos, entidades e pessoas para transformá-lo. Entre eles, o assistente social, cujo dia é comemorado nesta quarta-feira.
Ao todo são mais de 32 milhões de jovens abaixo da linha da pobreza e 100 mil pessoas que moram na rua. Os dados são fáceis de encontrar em pesquisas nos sites do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) e CNJ (Conselho Nacional de Justiça).
Segundo o Conselho Federal de Serviço Social (CFESS), o Brasil tem mais de 180 mil assistentes sociais, atrás somente dos Estados Unidos. Ao contrário do que dizia o apresentador de um famoso reality show, os heróis da vida real não estão confinados na “casa mais vigiada do Brasil”, mas espalhados por todos os cantos do País, em comunidades, ONGs, empresas privadas, públicas e universidades, lutando diariamente de maneira anônima para garantir os direitos fundamentais de toda essa gente.
Desde a sua regulamentação em 1957, o serviço social avançou e hoje é uma graduação de quatro anos em que o estudante “desenvolve a capacidade de interpretar a realidade em que vive para atuar de maneira efetiva, propondo, por exemplo, novas políticas públicas que aumentem a seguridade social da população”, como explica Dorival da Costa, coordenador do curso de Serviço Social do Centro Universitário Internacional Uninter.
No dia em que se comemora o Dia do Assistente Social, entender o papel da profissão e a importância do conhecimento técnico é fundamental para difundir ainda mais o ofício, chamar a atenção da população e garantir uma sociedade menos desigual. “Além do envolvimento comunitário, o profissional do serviço social pode atuar na produção científica, promovendo a discussão de temáticas como gênero, raça, etnia, violência contra a mulher, entre outras reflexões, contribuindo para a evolução da sociedade”, ressalta Dorival.
Encontro
Com o slogan “Se cortam direitos, quem é preta e pobre sente primeiro. A gente enfrenta o racismo no cotidiano!”, o 13º Encontro Gaúcho de Assistentes Sociais será realizado nos dias 17 e 18 de maio, no Ritter Hotel, em Porto Alegre (Largo Vespasiano Júlio Veppo, nº 55). O tema, alusivo ao Dia do/a Assistente Social 2019, foi definido no ano de 2018 durante o 47º Encontro Nacional do Conjunto CFESS-CRESS, realizado em Porto Alegre/RS.
As inscrições serão realizadas gratuitamente, no local, e as vagas disponibilizadas conforme a capacidade do espaço físico. Mais informações podem ser obtidas no hotsite do evento. No sítio virtual também está disponível a Carta Convite do 13º EGAS, documento que traz os detalhes do encontro e pode ser apresentado para pedidos de liberação junto aos espaços de trabalho.