Quarta-feira, 30 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 16 de outubro de 2015
A diretora-geral da Unesco (Organização das Nações Unidas para a educação, a ciência e a cultura), Irina Bokova, divulgou uma mensagem para lembrar o Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza, celebrado neste 17 de outubro de 2015. Desde 1992, a Assembleia Geral das Nações Unidas declarou o dia 17 de outubro para alertar sobre o tema. Nesta data em 1987, Joseph Wresinski convidou cem mil pessoas vindas de vários países para se reunirem e celebrar o primeiro Dia Mundial para a Erradicação da Miséria, na Praça dos Direitos Humanos e da Liberdade, em Paris, na França. Neste local foi assinada, em 1948, a Declaração Universal dos Direitos Humanos. E a extrema pobreza foi considerada uma violação dos direitos humanos.
Leia a mensagem da diretora-geral da Unesco:
“Construindo um futuro sustentável: vamos nos unir para acabar com a pobreza e a discriminação
Este ano, o Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza é especialmente relevante, no momento em que as Nações Unidas estão adotando a nova agenda global para alcançar o desenvolvimento sustentável até 2030. Estabelecida em 2000, a meta para reduzir pela metade a pobreza extrema no mundo até 2015 foi atingida. Nossa missão agora é alcançar a erradicação total da pobreza em todas as suas formas, em todo o mundo.
A pobreza é uma realidade complexa, mas não é inevitável. Ela é universal, impactando tanto nos países do Sul quanto nos do Norte – mas em todos os continentes, são as mulheres e as meninas que mais sofrem. Ao mesmo tempo em que enfraquecem, ainda mais, aqueles que já são afetados, a mudança de clima, as crises econômicas e financeiras e os conflitos criam novos pobres em todas as sociedades.
Para a Unesco, a erradicação da pobreza é um marco na luta pelos direitos humanos e pela dignidade humana. Combater a pobreza de forma sustentável requer fornecer a todos os meios para que sejam autônomos e se afirmem como agentes ativos ao longo de suas vidas – explorando o potencial da educação, da ciência, da cultura e da informação. Educação de qualidade para todos, possibilidade real para que todos possam participar de transformações sociais e da vida cultural e científica – essas são alavancas poderosas para autoestima e formas práticas de criação de empregos e atividades de geração de renda, por meio do conhecimento local. Ao compartilhar os benefícios da pesquisa científica, podemos melhorar os cultivos e a segurança alimentar e assegurar o acesso à água como um bem público global. Por meio da liberdade de expressão, do debate público e da troca de informação, podemos aumentar a consciência social e o compromisso político necessários para superar essa violência.
É este o sentido da ação da Unesco. A inteligência humana, a criatividade e o talento são recursos renováveis por excelência, e podemos investir mais neles para definir políticas econômicas, sociais e culturais que nos permitam erradicar a pobreza e garantir que todos possam exercer plenamente seus direitos, com dignidade e justiça social.”