Domingo, 25 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 3 de setembro de 2015
O cantor baiano Netinho falou com emoção, nesta quinta-feira (3), sobre seu retorno aos palcos, após sofrer três AVCs (acidente vascular cerebral), hemorragias no fígado, e mais um série de problemas de saúde em decorrência do uso excessivo de anabolizantes. A volta do artista aconteceu no mês passado, em Recife (PE). No repertório do show, intitulado de “DNA Netinho”, foram apresentados os hits consagrados na sua carreira. Ele contou sua história de superação no programa “Encontro”, apresentado por Fátima Bernardes, na TV Globo.
Emoção.
Netinho relembrou, chorando muito, tudo o que o ocorreu nos sete meses em que esteve internado, mas ressaltou que as lágrimas eram de emoção: ele passou por cirurgias no cérebro, teve derrames, e chegou a ser desenganado pelos médicos. E acabou ficando depressivo por conta da situação.
“Hoje digo para as pessoas que têm depressão: saiam. Só você pode sair. Depois da terceira cirurgia no cérebro, fui dado como morto. Acordei três dias depois. Nunca pensei em morte no hospital, só no período da depressão”, afirmou.
Novo olhar.
Ainda durante a conversa com Fátima Bernardes, Netinho disse que após todo o seu sofrimento, consegue enxergar a vida de uma forma diferente. “Em 2002, eu tinha tudo que o dinheiro pode comprar, fama e sucesso, mas não tinha nada. Não tinha tempo para ver a minha família, não vivia. Estava pálido e não tinha cor. Morava na Bahia e não tinha tempo para pegar sol. Aí, parei um ano em meio para descansar. Em 2006, quando voltei, fiz essa tatuagem para simbolizar isso: ‘Nada como viver’. Depois de tudo o que eu passei, percebi que a fé e a ciência estão caminhando juntas como nunca antes. Tem que ter fé”, apontou.