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Brasil “Ninguém aguenta brigas todos os dias”, diz o ministro das Comunicações a respeito da mudança de tom de Bolsonaro

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Fábio Faria afirma que nova postura do presidente veio para ficar e que não há ‘gabinete do ódio’. (Foto: Alan Santos/PR)

Há pouco mais de um mês à frente do recriado Ministério das Comunicações, Fábio Faria acredita que a versão paz e amor do presidente Jair Bolsonaro terá vida longa. O ministro afirma que o país não voltará aos tempos de “brigas diárias” e culpou a portaria do Palácio da Alvorada, espaço mais conhecido como “cercadinho”, onde Bolsonaro costumava parar para falar com imprensa e apoiadores, por várias crises vividas no governo. Faria negou a existência do “gabinete do ódio” e defendeu o vereador Carlos Bolsonaro, filho do presidente mais engajado na comunicação do governo. Confira trechos da conversa ao jornal O Globo.

1) O presidente Jair Bolsonaro tem adotado uma postura de menos enfrentamento. Qual seu papel nessa nova fase?

Essa é uma decisão dele. Agora, ele tem muitos conselheiros. Eu defendi, falei isso no meu discurso de posse, um armistício nacional, uma pacificação em prol do Brasil. O governo precisa de paz para governar, e as pessoas também querem paz. Temos grandes desafios: a pandemia e a retomada econômica. Então vamos focar nisso e deixar as guerras de lado.

2) Mas o conflito não foi fomentado pelo presidente?

O presidente entrou como um governo de direita, conservador e liberal, e nós vínhamos de 14 anos de um governo de esquerda, que teve uma pequena transição com Michel Temer, que foi reformista. Então é normal dar um conflito grande. As pessoas elegeram a pauta conservadora liberal, e o Bolsonaro tem o direito de apresentá-la e implementá-la. Ele não pode ser atacado por isso. Mas também não podem atacar quem é contra essa pauta no Congresso, porque os parlamentares também foram eleitos. A pacificação não significa refluir nas pautas, muito pelo contrário, é pacificar para tentar implementar.

3) Essa nova conduta do presidente será permanente ou é só uma trégua após o avanço do caso do ex-assessor Fabrício Queiroz?

Não acredito que a gente possa voltar àquele tempo. Ninguém aguenta briga todos os dias. É ruim para a imprensa, para os Poderes e é pior para o governo. Se fosse um governo que não tem o que mostrar, a guerra constante era o melhor dos mundos. Quando um governo tem o que mostrar, a guerra é um tiro no pé. A calma faz com que os fatos positivos sejam mostrados. O presidente está vendo isso.

4) O presidente deve parar definitivamente de falar na portaria do Alvorada?

Acho que aquele “cercadinho” funcionando diariamente é ruim para o país, para o presidente e para a imprensa. A gente conseguiu em um ano ter praticamente 50 “crises de duas palavras”, como eu chamo. E a gente só falava, durante a semana toda, sobre aquelas duas palavras faladas ali.

5) O senhor acha que essa aliança com o centrão, que ele criticou na campanha, vai funcionar?

O presidente blindou a Esplanada. Não tem nenhum ministro que foi indicação do partido, isso já o diferencia de todos os presidentes que passaram. Agora, temos em torno de 40 mil cargos, você não tem como indicar essa quantidade de gente. Não é troca-troca. Você cria critérios e acaba colocando nomes técnicos. É diferente de quando alguém dizia: “Eu só tenho esse nome e só quero se for no Ministério da Economia. Se não, não tem conversa comigo”. Isso é chantagem pura. Não existe mais.

6) E isso vai dar solidez ao governo no Congresso? No Fundeb houve uma derrota.

Acho que vai, porque o clima está muito melhor. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, e o ministro Paulo Guedes estão conversando sobre a agenda econômica do segundo semestre. Isso é uma bela sinalização para o mercado nacional e internacional. O investidor quer entrar, sabe que o Brasil tem grande chance de ter uma retomada em V, que a economia está reagindo muito bem durante a Covid. Não estamos tendo arrombamento, assalto, roubos em farmácia, supermercado, porque o auxílio emergencial, que foi também Congresso e governo trabalhando, está mantendo os informais com cidadania.

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