Segunda-feira, 05 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 28 de maio de 2016
A história aterradora de um estupro coletivo de uma jovem de 16 anos no Rio de Janeiro (RJ) tomou conta do País. Os autores publicaram vídeos e fotos nas redes sociais da menina à mercê de seus agressores. O crime aconteceu no dia 21, mas só foi notificado na quinta-feira passada. O caso dela poderia ter entrado para o pior lado das estatística dos casos de violência contra a mulher: o daqueles que não são registrados. Entre os motivos estão a vergonha das vítimas, o sentimento de culpa e o medo de ser julgada e maltratada.
Segundo dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, em 2014, 47.600 pessoas foram estupradas no Brasil. A cada 11 minutos alguém sofreu esse tipo de violência. Esse número pode ser ainda maior, pois a pesquisa só consegue levar em conta os casos que foram registrados em boletins de ocorrência – estimados em apenas 35% do montante.
A Pesquisa Nacional de Vitimização (2013) verificou que, no Brasil, somente 7,5% das vítimas de violência sexual registram o crime. A mais recente pesquisa do gênero, “Estupro no Brasil: uma radiografia segundo os dados da Saúde”, produzida pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, fala em 10% de casos notificados e estima que, no mínimo, 527 mil pessoas sejam estupradas por ano no País.