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Brasil Agora no regime semiaberto, o ex-diretor do Banco do Brasil Henrique Pizzolato almoça em Brasília em seu primeiro dia de trabalho

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Pizzolato foi condenado por corrupção passiva, peculato e lavagem de dinheiro. (Foto: Reprodução)

A decisão favorável ao ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato, concedida na sexta-feira passada pela juíza Leila Cury, ocorreu depois de uma série de pressões da bancada do PT na Câmara dos Deputados, por meio da Comissão de Direitos Humanos e Minorias, historicamente controlada pelo partido, e também da Embaixada da Itália no Brasil.

Há um ano e dois meses, ele aguardava autorização para usufruir do benefício, passando efetivamente do regime fechado para o semiaberto. Pizzolato, porém, ainda não começou a sair da cadeia durante o dia para trabalhar porque dependia que o serviço psicossocial da Vara de Execuções Penais avaliasse a proposta de trabalho.

Ele terá o cargo de assistente de programação na rádio OK FM, de Brasília, com salário de 1,8 mil reais. Para efeito de comparação, ele recebe 21.750 reais de aposentadoria do BB, onde trabalhou por mais de três décadas, segundo seus advogados. O Ministério Público foi contra o trabalho na rádio.

O ex-diretor começou nesta quarta-feira (30)  uma nova fase: pela primeira vez deixou o Centro de Detenção Provisória da Papuda para trabalhar como assistente de programação da rádio OK FM, de propriedade do ex-senador Luiz Estevão, seu companheiro de cela.

Pizzolato saiu da Papuda por volta das 7 horas e chegou com bastante antecedência ao Edifício Assis Chateaubriand, sede da rádio, ainda vestido com o uniforme branco de presidiário. O expediente começa às 9h, mas Pizzolato quer evitar o assédio de jornalistas e curiosos. Ele foi condenado a 12 anos e 7 meses de prisão no mensalão por corrupção passiva, peculato e lavagem de dinheiro. Como tem cidadania italiana, fugiu para a Europa e posteriormente foi capturado em Maranello, pela Interpol. A Itália o extraditou a pedido do governo brasileiro em 2015.

Por volta do meio-dia, como combinado com a Justiça, Pizzolato desceu para almoçar no restaurante Made in Brazil, um self-service ao lado da rádio. Serviu-se e sentou à mesa com seu advogado, José Carlos Carvalho, que pretende acompanhar todos os primeiros dias do réu no regime semiaberto “para evitar cascas de banana”.

A sede da rádio é vizinha ao fórum onde despacha a juíza Leila Cury, responsável pela Papuda. “Temos que zelar para que ele não seja prejudicado, tomar todos os cuidados para que não o punam com regressão de regime, porque ele já foi muito punido, era para estar no semiaberto há muito tempo”, disse o advogado. “Não tenho dúvida de que vai ser fiscalizado. Temos que andar no fio da navalha.”

De acordo com seu contrato, Pizzolato tem direito a duas horas diárias de almoço e receberá salário de R$ 1,8 mil. Depois das 18h, voltará diariamente ao CDP da Papuda. Ele assumiu funções administrativas na rádio de Estevão. “Ele está trabalhando na área administrativa da rádio, está se inteirando das atividades. Ele ficou um tanto apreensivo, mas foi relaxando com o passar das horas , entrando no ar e tomando ciência da realidade das coisas”, disse o advogado. “Ele ficou bastante satisfeito e na expectativa de que saia em breve a progressão ao regime aberto ou o livramento condicional.”

Pizzolato andava descontente na Papuda. Ele dizia se sentir “injustiçado” por não ter usufruído de saídas temporária e com a demora em receber o de acordo da juíza para trabalhar na rádio. O Ministério Público era contra porque a rádio pertence a Estevão. Segundo uma comunicação diplomática da Embaixada da Itália, ele preferiu se comunicar italiano durante uma vistoria de autoridades à Papuda. “Parecia psicologicamente abalado, tremeu e chorou”, diz o texto. (AE)

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