O PSB gaúcho acompanha de longe a barafunda: o partido em Pernambuco apoia Lula ou quem o PT lançar; a direção nacional se inclina por Ciro Gomes e o comando em São Paulo não abre mão de Geraldo Alckmin. Está tão difícil decidir que ainda acaba em sorteio…
Sem cair do fio
Não se espera que a campanha eleitoral se restrinja ao embate frio e tecnocrático de propostas produzidas em laboratórios. Discussões mais acaloradas são inevitáveis. Porém, não podem cair em acusações pessoais de baixo nível, como se ouve. Sabe-se que a demagogia facilmente escorrega para a leviandade. Neste jogo, os eleitores começam a perder.
Tempo a mais e a menos
Nos países desenvolvidos, como França e Inglaterra, as campanhas eleitorais se restringem a um mês. É o que partidos e candidatos consideram necessário para apresentação de propostas. Acreditam também que mais tempo banaliza as exposições, reduzindo temas importantes à aborrecida repetição. Ao mesmo tempo, serviria para o culto a personalidades.
Do lado de cá
No Brasil, o prazo por lei para campanhas já foi de quatro meses. Agora, o período de propaganda se reduziu a 52 dias. O suficiente para os que têm conteúdo. Os demais, que elaboram peças de ficção, preferem bater na mesma tecla por períodos mais prolongados para ver se vendem o peixe.
Vão pagar caro
Hoje, completam-se 20 dias do ponto inicial da desastrada greve que paralisou o país e trouxe prejuízos incalculáveis. Há evidências concretas de que o movimento teve interferências externas, incluindo empresários. Queriam ficar ocultos, mas não conseguiram. O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, determinou ontem que 46 empresas paguem em até 15 dias 506 milhões de reais em multas por bloqueios de rodovias. É só o começo. Terão ainda de prestar contas à Polícia Federal.
Fora dos trilhos
Sem o trânsito de caminhoneiros, muitos se lembraram da malha ferroviária do País. Estudo recente da Confederação Nacional da Indústria, que é interessada, apresentou a radiografia: está inutilizada (30 por cento) ou sem condições operacionais (23 por cento). Um trem com 80 vagões substitui 280 caminhões.
Não sai do lugar
A reforma administrativa, tantas vezes tentada e abandonada, conduz a uma pergunta: até quando a burocracia estatal será aceita com resignação?
Contraste inaceitável
De um lado, faltam alimentos, assistência médica, saneamento, escolas e habitação. De outro, o Relatório de Despesas Militares Globais, elaborado pelo Departamento de Estado norte-americano, mostra que o total chegou a 2 trilhões e 760 bilhões de dólares no ano passado.
É mas não é
A Prefeitura de Porto Alegre emitiu nota, explicando que a cobrança da taxa de 179 mil e 849 reais para realização da Feira do Livro não é definitiva. Quem receber a conta salgada do IPTU em 2019 talvez possa usar o mesmo raciocínio, esperando que baixe.
Dá de tudo
A Câmara dos Deputados votará, na próxima semana, projeto de lei que torna o forró patrimônio imaterial brasileiro. Se for aprovado, como está previsto, caberão festejos em plenário com sanfoneiro, zabumbeiro e um tocador de triângulo. Ritmo para a bancada do Nordeste cair no arrasta-pé.
Terra, mar e ar
A temporada no Rio de Janeiro tem emoções para todos os gostos: assaltos nas esquinas, tubarões nas praias e tiroteio no bondinho que leva ao Pão de Açúcar.
O impossível acontece
Da série Coisas Nossas, Muito Nossas: em Salvador, ladrão tenta roubar ônibus que já estava sendo assaltado. Passageiros batem nos dois.