Por Redação O Sul | 24 de agosto de 2015
A ação rápida e corajosa de três soldados norte-americanos impediu o que seria mais um massacre causado pelo extremismo islâmico em solo francês. O presidente François Hollande agradeceu ao colega norte-americano, Barack Obama, pela atuação de Spencer Stone, Alex Skarlatos e Anthony Sadler, na sexta-feira.
Os três notaram quando o marroquino Ayoub El Kahzzani, 26 anos, destravou um fuzil AK-47 dentro de um trem modelo Thalys que fazia a linha Amsterdã (Holanda) e Paris. A tentativa de ataque – que poderia ter se transformado em “um verdadeiro massacre”, segundo as autoridades – ocorreu pouco antes das 18h de sexta-feira (horário local) na parte de trás da composição. Os militares ouviram quando Kahzzani acionou o fuzil no banheiro e conseguiram neutralizá-lo quando saiu.
Kahzzani chegou a abrir fogo e carregava ainda uma pistola e uma faca. Stone, que agarrou o marroquino pelo pescoço para que Skarlatos o desarmasse, recebeu cortes no pescoço e na mão, mas já recebeu alta.
Elogios
Obama, que estava de férias, também elogiou seus soldados. “Está claro que suas ações heróicas podem ter evitado uma tragédia muito pior”, afirmou. Kahzzani entrou no trem na parada de Bruxelas, mas só agiu após cruzar a fronteira com a França. Ele morou na Espanha até 2014, quando decidiu se mudar para a França.
No sábado, o policiamento foi reforçado nas estações de trem. O primeiro-ministro da Bélgica, Charles Michel, propôs ainda a realização urgente de uma reunião com autoridades da França, Alemanha e Holanda para combater o terrorismo. O objetivo é “reforçar as operações de prevenção contra o terrorismo, especialmente os controles de identidade e bagagem”, informou o governo belga, que já determinou o reforço das medidas de segurança nos trens de alta velocidade Thalys, com uma maior presença de patrulhas belgo-francesas nos comboios.
