Sábado, 03 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 9 de agosto de 2017
Na semana em que se celebra os 11 anos da Lei Maria da Penha, a deputada federal Yeda Crusius (PSDB) reiterou a importância de o Congresso Nacional aprimorar ainda mais o texto das leis brasileiras que tratam de crimes contra as mulheres. “A legislação, embora reforçada pela Lei 13.104, promulgada em 9 de março de 2015, mais conhecida como Lei do Feminicídio, não parece ser efetiva no combate aos crimes de gênero”, enfatiza.
Segundo o Atlas da Violência 2016, o Brasil é o 5º país que mais mata mulheres no mundo. A cada dia, 13 mulheres morrem em crimes de gênero, ou seja, por razões da condição do sexo feminino. Yeda destaca que não é fácil ser mulher no Brasil. “A legislação brasileira é tímida, no combate a esses assassinatos. Por aqui um latrocínio – roubo, por exemplo de um carro, seguido de morte – é punido de forma mais severa do que o estupro violento, seguido de tortura e morte de uma mulher. Para latrocínio, pena máxima de 20 anos, para feminicídio: 12. Essa disparidade dá a dimensão exata das prioridades brasileiras. Um carro é mais importante do que a vida de uma mulher?.”
Além disso, Yeda afirma que os crimes cometidos contra mulheres estão cada vez mais selvagens e geralmente são muito cruéis. A parlamentar relembrou o estupro cometido contra uma grávida de quatro meses, na madrugada do último domingo (6), na Zona Norte de Porto Alegre. A moça de 21 anos, foi estuprada por três homens a caminho de casa, que após o primeiro crime, tentaram matá-la. Forte, a vítima conseguiu sobreviver a três tiros na cabeça e contar o que havia acontecido. Está internada em estado gravíssimo. (Izys Moreira/Ascom YC)