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Mundo Nos Estados Unidos, fábrica descarta milhões de doses de vacina da Johnson e da AstraZeneca após falhas

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Vacina Covovax é a oitava com aprovação de uso emergencial pela OMS e não é usada no Brasil. (Foto: Site Oficial Novavax)

A empresa Emergent BioSolutions, que tem uma fábrica em Baltimore e “destruiu” um lote inteiro de até 15 milhões de doses da vacina contra a covid-19 da Johnson & Johnson nos Estados Unidos, também estragou cinco lotes do imunizante de Oxford/AstraZeneca que tinham entre 10 e 15 milhões de doses.

As duas revelações são do jornal “The New York Times”, que descreve uma série de problemas na fábrica, que incluem contaminação, mistura de ingredientes de vacinas de diferentes fabricantes e desrespeito às boas práticas na fábrica, que fica no Estado de Maryland.

Após a primeira notícia, de que a empresa misturou ingredientes das vacinas da Johnson & Johnson e de Oxofrd/AstraZeneca e destruiu até 15 milhões de doses do imunizante a Johnson, o governo dos EUA interveio na fábrica, colocou a farmacêutica americana para administrá-la e proibiu a produção de vacina de Oxford/AstraZeneca no local.

A nova reportagem agora revela que cinco lotes da vacina de Oxford/AstraZeneca foram descartados entre outubro e janeiro (cada um com uma quantidade equivalente entre dois milhões e três milhões de doses) por contaminação ou suspeita de contaminação.

Além disso, outras 62 milhões de doses da vacina da Johnson & Johnson fabricadas em Baltimore “estão em risco”, segundo o jornal, até que seja possível determinar se elas também foram contaminadas.

O jornal diz que a Emergent BioSolutions, uma empresa de biotecnologia conhecida por produzir vacinas contra o antrax, produziu cerca de 150 milhões de doses de vacinas contra a covid-19 apenas na semana passada na fábrica que sofreu intervenção.

Mas até agora nenhuma dose foi usada porque os órgãos reguladores ainda não certificaram a fábrica para permitir que as vacinas sejam distribuídas e aplicadas.

Produção garantida 

Apesar dos problemas, o “The New York Times” diz que os problemas na fábrica em Baltimore não vão afetar o cronograma do presidente americano, Joe Biden, de aplicar 200 milhões de vacinas até o dia 30 deste mês.

Isso porque outros fabricantes estão produzindo muitas doses. Segundo a agência de notícias Associated Press, a Emergent BioSolutions é uma das cerca de dez empresas que a Johnson & Johnson está subcontratando para acelerar a fabricação de sua vacina.

O “The New York Times” diz também que o erro com as milhões de doses da Johnson destruídas não afetou a aplicação do imunizante no país porque as doses distribuídas foram produzidas na Holanda.

Auditorias e investigações

Auditorias e investigações descobriram que a Emergent BioSolutions não seguiu alguns padrões básicos da indústria na fábrica de Baltimore e identificaram deficiências repetidas nos esforços para desinfetar e prevenir contaminação, segundo a reportagem.

O jornal diz que, embora auditorias sempre encontrem problemas, autoridades federais e especialistas dizem que o padrão de lapsos sugere problemas de qualidade mais profundos.

Uma auditoria conduzida para a AstraZeneca destacou os riscos de contaminação cruzada, que os especialistas acreditam ter sido responsável por contaminar as milhões de doses da Johnson & Johnson, segundo um documento confidencial ao qual o jornal teve acesso.

As investigações também apontaram um problema persistente com mofo em áreas que devem ser mantidas limpas, má desinfecção de alguns equipamentos da fábrica, que levaram ao crescimento de bactérias e a aprovação reiterada de matérias-primas que não foram totalmente testadas, além de treinamento inadequado de alguns funcionários.

A Emergent BioSolutions disse em um comunicado que estava cooperando com o governo americano “para resolver os problemas” e tem “um histórico comprovado como fornecedora de classe mundial”.

A empresa disse também ter “programas rigorosos de segurança, qualidade e conformidade, que incluem programas, políticas e processos que permitem identificação precoce de problemas e meios para resolvê-los”.

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