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Por Redação O Sul | 6 de abril de 2017
Referência para o que deve ser ensinado em todas as escolas do país – públicas e privadas–, a nova versão da base nacional comum curricular prevê que todos os alunos sejam alfabetizados até o 2º ano do ensino fundamental –mais cedo do que a meta hoje prevista.
A proposta anterior da base seguia as atuais diretrizes curriculares nacionais e a meta do PNE (Plano Nacional de Educação), que falava em dar foco à alfabetização das crianças até o 3º ano do ensino fundamental. Na prática, a ênfase ao processo de letramento passa dos oito para os sete anos.
A medida faz parte da terceira e última versão da base nacional curricular, que será entregue pela pasta nesta quinta-feira (6) ao Conselho Nacional de Educação, órgão associado ao MEC e que analisa mudanças em políticas educacionais.
Alvo de críticas acaloradas desde que a sua primeira versão foi lançada, em setembro de 2015, a base serve como uma espécie de guia do que deve ser implementado nos currículos em quatro grandes áreas do conhecimento (veja quadro abaixo).
A previsão do MEC é que o modelo, que definirá até 60% do conteúdo a ser ensinado na educação infantil e ensino fundamental, chegue aos materiais didáticos e salas de aula públicas e particulares em 2019.
Um dos pontos sensíveis do debate é justamente a alfabetização que, de acordo com a proposta, é alterada com uma nova distribuição das habilidades a serem desenvolvidas durante o aprendizado nos dois primeiros anos do ensino fundamental.
“O que estamos propondo não é uma meta, mas sim definir que os anos de alfabetização concentrados no letramento são o 1º e o 2º ano do ensino fundamental”, diz a secretária-executiva do Ministério da Educação, Maria Helena Guimarães de Castro.