Quinta-feira, 01 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 4 de julho de 2016
A PF (Polícia Federal) deflagrou nesta segunda-feira (04) a 31ª fase da Operação Lava-Jato, batizada de Abismo. São cumpridos um mandado de prisão preventiva, quatro de prisões temporárias, sete de condução coercitiva e 23 de busca e apreensão. A operação acontece nos Estados de São Paulo e Rio de Janeiro e no Distrito Federal.
Um dos principais alvos é o ex-tesoureiro do PT Paulo Ferreira, que foi preso em 24 de junho, um dia depois da Operação Custo Brasil, que investiga desvios do Ministério do Planejamento. Ele é suspeito de participação na contratação da empresa de informática Consist, cuja parceria com o ministério para gestão de empréstimos consignados concedidos a servidores públicos está sob investigação. O esquema teria desviado R$ 100 milhões. Ferreira foi deputado federal pelo PT do Rio Grande do Sul de 2012 a 2014. Ele é casado com a ex-ministra Tereza Campello.
Alvo do mandado de prisão preventiva nesta fase da Lava-Jato, Ferreira está preso na superintendência da PF em São Paulo. Esta fase da operação, batizada de Abismo, investiga crimes como organização criminosa, cartel, fraudes licitatórias, corrupção e lavagem de dinheiro oriundo de contratos da Petrobras, em especial do contrato celebrado pelo Consórcio Novo Cenpes para a construção do Cenpes (Centro de Pesquisas e Desenvolvimento Leopoldo Américo Miguez de Mello), no Rio de Janeiro. O esquema no Cenpes envolve R$ 39 milhões em pagamentos de propina para empresa participante do certame, diretoria de Serviços da Petrobras e também para o PT, segundo as investigações.