Sexta-feira, 07 de novembro de 2025

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Brasil Nova fase da Operação Lava-Jato mira doleiros e gerentes do Banco do Brasil em São Paulo e Natal

Compartilhe esta notícia:

Objetivo da operação é apurar a ação de doleiros e funcionários de três agências do Banco do Brasil em crimes de lavagem de dinheiro. (Foto: PF/Divulgação)

Acuada pelo julgamento do STF (Supremo Tribunal Federal) que pode aniquilar pelo menos 32 sentenças e beneficiar 143 condenados, a Operação Lava-Jato voltou às ruas nesta sexta-feira (27), em sua fase 66 – batizada  de “Alerta Mínimo” – para apurar a ação de doleiros e de funcionários de três agências do BB (Banco do Brasil)  em São Paulo em crimes de lavagem de dinheiro. Segundo a PF (Polícia Federal), os investigados teriam atuado para empresas que tinham contratos com a Petrobras e precisavam de dinheiro em espécie para pagar propinas a agentes públicos.

A ação teve a participação do MPF (Ministério Público Federal) e da Receita Federal. Segundo a Procuradoria, a ação investiga a atuação de três gerentes e de um ex-gerente do BB que teriam facilitado “centenas de operações de lavagem de dinheiro entre os anos de 2011 e 2014”. O grupo teria movimentado R$ 200 milhões. Parte do valor teria sido convertido para pagamento de propinas, diz o MPF.

De acordo com a Polícia Federal, um doleiro investigado teria produzido pelo menos R$ 110 milhões, em espécie, para viabilizar as vantagens indevidas. Os agentes cumpriram oito mandados de busca e apreensão em São Paulo (SP – 7) e em Natal (RN – 1). As ordens foram expedidas pela juíza Gabriela Hardt, da 13ª Vara Federal de Curitiba (PR).

Segundo a Polícia Federal, a produção de dinheiro envolvia trocas de cheques obtidos junto ao comércio da grande São Paulo e a abertura de contas sem documentação necessária ou com falsificação de assinaturas em nome de empresas de fachada do ramo imobiliário.

A suspeita da PF é a de que gerentes de agências bancárias do BB davam suporte às operações de desconto de cheques e elaboravam justificativas internas para evitar fiscalizações e ações de compliance da instituição financeira. “Em troca, os funcionários recebiam comissões dos operadores e conseguiam vender produtos da agência para atingir metas”, indicou a corporação.

O Ministério Público Federal assinalou que há evidências de que tais gerentes atuaram para encerrar indevidamente registros do sistema de detecção de lavagem de dinheiro do Banco, com a inserção de justificativas falsas – o que teria impedido e dificultado a comunicação de operações suspeitas ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras.

A Procuradoria apontou ainda que depois que o esquema foi identificado no âmbito da Lava-Jato, o Banco do Brasil realizou apurações sigilosas. As investigações internas acabaram enviando à PF e ao MPF outras provas da atuação dos funcionários na facilitação das operações de lavagem de capitais. Conforme a PF, o nome da operação, “Alerta Mínimo”, faz referência “ao fato de que os alertas de operações atípicas do sistema interno do banco passaram a ser encerrados”.

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Brasil

Bolsonaro barrou a volta da propaganda partidária na TV e manteve flexibilidade para os partidos usarem verba pública
O novo procurador-geral da República julgará Deltan Dallagnol em outubro e pode impor a ele a primeira derrota
https://www.osul.com.br/nova-fase-da-operacao-lava-jato-mira-doleiros-e-gerentes-do-banco-do-brasil-em-sao-paulo-e-natal/ Nova fase da Operação Lava-Jato mira doleiros e gerentes do Banco do Brasil em São Paulo e Natal 2019-09-27
Deixe seu comentário
Pode te interessar