Terça-feira, 06 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 18 de janeiro de 2022
A nova pílula contra a covid-19 da Pfizer, Paxlovid, foi eficaz contra a variante ômicron do coronavírus em testes de laboratório, um sinal inicial encorajador de que o medicamento poderá ser importante enquanto a cepa se espalha. Em comunicado, a empresa anunciou nesta terça-feira (18), que o principal componente do medicamento, o nirmatrelvir, funcionou em três estudos laboratoriais separados.
O medicamento reduziu o risco de hospitalização ou morte em quase 90% em comparação com placebo para pacientes de alto risco quando tratados dentro de cinco dias do início dos sintomas, disse Mikael Dolsten, Diretor Científico da Pfizer.
Os dados sugerem que a terapia oral “pode ser uma ferramenta importante e eficaz em nossa batalha contínua contra esse vírus devastador e as variantes atuais de preocupação, incluindo a ômicron altamente transmissível. Continuaremos monitorando a atividade do tratamento em ambientes do mundo real e acreditamos que essas descobertas in vitro continuarão sendo validadas”, afirmou Dolsten.
No primeiro dos estudos em laboratório, o nirmatrelvir foi testado contra a Mpro – uma enzima que o coronavírus precisa replicar – em várias variantes de preocupação, incluindo a ômicron, em um ensaio bioquímico. “Os resultados mostraram em todos os casos que o nirmatrelvir foi um potente inibidor do seu alvo”, afirma o comunicado.
O Paxlovid está atualmente autorizado para uso condicional ou emergencial em vários países do mundo, e a Pfizer submeteu pedidos de aprovação ou autorização regulatória a várias agências e antecipa outras decisões regulatórias a seguir, diz o comunicado.
A empresa lembra que continua a investir para apoiar a fabricação e distribuição do medicamento, incluindo a exploração de opções de fabricação por contrato, e elevou suas projeções de produção de 80 milhões para 120 milhões de cursos de tratamento até o final de 2022.
Aprovação
O Canadá aprovou o uso da pílula antiviral da Pfizer para o tratamento de casos leves a moderados de adultos com covid-19.
O medicamento oral tem 89% de eficácia na prevenção de hospitalizações e mortes em pacientes de alto risco para a infecção do novo coronavírus, segundo um estudo clínico realizado pela farmacêutica, com 2.246 voluntários.
Ele deve ser tomado por cinco dias, logo após os primeiros sintomas da doença a fim de bloquear a replicação do vírus Sars-CoV-2 – causador da covid – e impedir que os pacientes evoluam para quadros graves.
“[Esta aprovação] é particularmente importante, pois o acesso a tratamentos fáceis de usar pode ajudar a reduzir a gravidade da covid-19 em adultos que se infectam recentemente”, disse a chefe de saúde pública do país, Theresa Tam, à imprensa.