Terça-feira, 22 de julho de 2025
Por Redação O Sul | 12 de dezembro de 2021
Imagens de satélites divulgadas pela empresa espacial Maxar Technologies e vídeos compartilhados nas redes sociais das tropas militares da Rússia concentradas na fronteira com a Ucrânia aumentam o medo de uma possível guerra entre as duas nações.
As fotos mostram um sistema de mísseis antiaéreos Buk e tanques do exército na região de Voronezh e supostas colunas de forças russas estacionadas no distrito de Smolensk. Tanto Voronezh quanto Smolensk estão a menos de 320 quilômetros da fronteira com a Ucrânia.
Relatórios de inteligência apontam que pelo menos 90.000 soldados russos estão posicionados próximos à fronteira, podendo chegar até a 175 mil militares até o começo do ano que vem. Além disso, a Rússia conta com uma artilharia pesada e tanques.
No Mar Negro, a tripulação do navio Sergei Kotov treina com metralhadoras de grande calibre e lançadores de granadas DP-65 anti-sabotagem.
Depois de negar inúmeras vezes que atacaria a Ucrânia, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse a uma repórter que “a Rússia está buscando uma política externa pacífica, mas tem o direito de garantir sua segurança”. Afirmou também que mover as tropas para perto da fronteira não significaria uma intenção de invasão.
Fontes da inteligência norte-americana e britânica informam que a Rússia tem o plano de ocupar parte da Ucrânia até o ano que vem.
O almirante Sir Tony Radakin, o novo chefe do Estado-Maior de Defesa do Reino Unido, disse que uma guerra entre a Rússia e a Ucrânia pode ser a maior batalha na Europa em mais de 75 anos.
Isso mostra que as negociações entre o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e Putin, nesta semana para que o líder russo fosse mais diplomático não foram eficazes.
Putin tem usado o possível conflito como moeda de troca para que a OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) não aceite a Ucrânia como membro do grupo.
Pesadas consequências
A Rússia enfrentará consequências enormes e graves se o presidente Vladimir Putin atacar a Ucrânia, alertou o Grupo dos Sete em um esboço de comunicado neste domingo (12).
A inteligência dos Estados Unidos avalia que a Rússia pode estar planejando uma ofensiva em várias frentes contra a Ucrânia já no próximo ano.
O Kremlin nega ter planos de invasão e diz que o Ocidente está dominado pela “russofobia”. Moscou diz que a expansão da Organização do Tratado do Atlântico Norte ameaça a Rússia e violou as garantias dadas a ela quando a União Soviética entrou em colapso, em 1991.
Em uma reunião na cidade de Liverpool, no Norte da Inglaterra, os representantes dos países do G7 disseram estar unidos na decisão de condenar o avanço militar da Rússia perto da Ucrânia, e apelaram a Moscou para diminuir a escalada.
“A Rússia não deve ter dúvidas de que novas agressões militares contra a Ucrânia teriam pesadas consequências e custos severos”, disse o esboço do comunicado, confirmado por fontes do G7.