Acontece Novo cenário impõe às agências de propaganda reflexão e mudanças

Daniel Skowronsky. FOTO: Banco de Dados/O SUl

Na metade do ano passado, Daniel Skowronsky assumiu a presidência da ABAP-RS (Associação Brasileira de Agências de Propaganda), já com objetivos de contribuir durante sua gestão para o desenvolvimento do mercado. Não é à toa. O sócio e diretor da Global, com diversas especializações no País e no exterior, já foi também presidente da ARP (Associação Riograndense de Propaganda) e projeta sua inquietude não apenas no cotidiano de sua agência mas também em seu entorno, por acreditar que é preciso não se deixar estagnar e lançar sempre um olhar ao futuro, com ousadia e mudanças capazes de transformar valores e conceitos. Uma premissa cada vez mais válida na indústria das comunicações, exigindo sempre das agências e seus dirigentes “uma profunda reflexão sobre as transformações e suas adaptações ao mercado”.
Skowronsky reitera que o cenário reflete novos comportamentos e estilos de vida, principalmente ancorado nos hábitos das novas gerações. A chamada geração “y”, por exemplo, com jovens maduros na faixa dos 25 aos 35 anos, está cada vez mais conectada aos meios digitais. Sem falar na geração “z”, os nativos digitais, que já nascem convivendo com as modernas e integradoras tecnologias.
Atento a isto, uma das primeiras inicitivas de Daniel Skowronsky à frente da ABAP ganha palco agora. Ao assumir a presidência da entidade, encomendou uma pesquisa a uma empresa local, a Segmento, a fim de reunir informações sobre os anseios das agências e do próprio mercado, com aprofundamento de suas expectativas. “Queríamos mapear o que seria relevante para o mercado”. Segundo ele, a ideia é “estruturar um plano de trabalho consistente, que ajude a entender quais são os desafios e as necessidades das agências mediante as transformações atuais”, passando por modelo de negócio, entrega de serviços, formas de remuneração e tantos outros itens pertinentes à atividade. “Apesar da crise, as agências estão otimistas e a confiança prevalece em mais de 70% delas, em todo o Estado. Conforme o estudo, ser competitivo no mercado digital e fortalecer cada vez mais a marca são as principais oportunidades em um cenário de mudança”, afirma Daniel. Outro item da pesquisa revela que as agências do RS contam com uma carteira de clientes com atuação nacional, o que dá peso ao setor.
Entre as primeiras propostas da ABAP que começam a sair do papel estão a realização de encontros no interior gaúcho, reforçando a integração de todas as entidades setoriais, no caso a ABAP, ARP e Sinapro (Sindicato das Agências de Propaganda do RS), pontuando a importância de uma sintonia entre todas elas, em prol de um mercado forte e dinâmico. Para o segundo semestre também está sendo estruturado um evento maior, na Capital, “levando a todos conteúdo e informação”. Na visão do presidente da ABAP-RS, as agências já estão praticando um movimento de adaptação às mudanças, entregando serviços e soluções, mas é preciso “acelerar o processo”. Hoje, ele aponta como fundamental a construção de uma experiência física e digital com a marca, considerando as plataformas mais relevantes para cada segmento. “É preciso que a marca continue a dialogar com seus consumidores e distribua seus conteúdos nas diferentes mídias”. Daniel Skowronsky diz ainda que “o RS exibe bons talentos no setor, com profissionais qualificados”. O que falta, segundo ele, “é mais ousadia para entregar projetos mais inovadores”. A contribuição da ABAP-RS em sua gestão, que encerra em 2017, passa justamente “pelo desafio em propiciar ao segmento conteúdos e encontros que ajudem o mercado a se transformar mais rápido”.

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