Quinta-feira, 25 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 12 de abril de 2021
Paulo Maiurino tomou posse na semana passada à frente da instituição e começa a formar sua equipe
Foto: DivulgaçãoO novo diretor-geral da PF (Polícia Federal), Paulo Maiurino, escolheu os delegados que vão compor a cúpula da instituição – as diretorias mais importantes. São cinco delegados que, segundo fontes confirmaram, já foram convidados e aceitaram comandar os seguintes postos:
Diretoria Executiva (2º cargo na hierarquia da PF): Cairo Duarte, atual superintendente da Polícia Federal, em Minas Gerais. Ele já foi superintendente da PF em Pernambuco.
Diretoria de Investigação e Combate ao Crime Organizado (a de maior repercussão na hierarquia da PF): Luís Flávio Zampronha. O Sinq (Serviços de Inquéritos Especiais) está vinculado a essa diretoria. O Sinq investiga políticos em inquéritos que correm no STF (Supremo Tribunal Federal) e STJ (Superior Tribunal de Justiça).
Diretoria de Inteligência: Sandro Caron, atual secretário de Segurança Pública do Ceará , e ex-superintendente da PF no Ceará e no Rio Grande do Sul; Diretoria de Tecnologia da Informação: Alessandro Moretti, que foi adjunto do atual ministro da Justiça, Anderson Torres, quando Torres era secretário de Segurança no Distrito Federal; Diretoria Técnico-Científica: Nivaldo Poncio, que já trabalha atualmente nesta diretoria.
Com essas trocas, Maiurino escolhe seus delegados de confiança para ocupar os cargos de cúpula da PF. Segundo fontes, o próximo passo é trocar superintendentes, que são os delegados que representam a PF nos estados.
Mas uma superintendência não deve ser mexida: a do Rio de Janeiro. O comando da PF no Rio foi o pivô da crise que gerou o inquérito sobre interferência politica do presidente Jair Bolsonaro na instituição. Hoje Tacio Muzzi ocupa o cargo e foi escolhido na gestão anterior, do então chefe da PF, Rolando de Sousa.
O número 2 da Corporação
Mineiro, Cairo Duarte é formado em direito pela UFMG e mestre em engenharia de produção pela UFPE. Entrou na Polícia Federal em 2003 e já foi lotado nas unidades de Ponta Porã (MS), Uberlândia (MG), além de ter sido membro da Coordenação Geral de Prevenção e Repressão a Entorpecentes (CGPRE), em Brasília, e chefe do Serviço de Inteligência e responsável pelo Grupo de Investigações Sensíveis (GISE).
Ele também foi chefe do Serviço de Repressão a Desvios de Recursos Públicos da Coordenação-Geral de Polícia Fazendária da Diretoria de Investigação e Combate ao Crime Organizado.
Entre as operações que Cairo Duarte participou está a Acrônimo, que teve como um dos alvos o ex-governador Fernando Pimentel (PT).