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Brasil Novo ministro de Bolsonaro, general tem relação próxima com PT e PSOL

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(Foto: Divulgação)

O novo ministro da Secretaria de Governo, general Luiz Eduardo Ramos, conhecido como uma espécie de relações públicas do Exército e também do presidente Jair Bolsonaro, carrega algo tido como incomum, e às vezes até inaceitável, para o atual governo: tem proximidade com políticos da esquerda, do PT ao PSOL.

Na última semana, Bolsonaro fez duras manifestações contra os então presidentes dos Correios, general Juarez Aparecido de Paula Cunha, e do BNDES, Joaquim Levy, por ligação com petistas.

Durante a campanha eleitoral, enquanto o comando das Forças Armadas pedia discrição, Ramos nunca escondeu de que lado estava. Além de visitas ao hospital para ver Bolsonaro, após o episódio da facada, ele intermediou entrevistas e fez postagens em redes sociais para defender o amigo.

Desde antes de se confirmar o resultado da eleição, as pessoas mais próximas já cravavam: o general teria algum cargo no governo. Seis meses depois, o general chegou nesta segunda-feira (17) para integrar o ministério do presidente.

De acordo com relatos de aliados de Bolsonaro, o presidente já tratava Ramos como um ministro havia algum tempo. Tanto que, na última terça-feira (11), levou o general em um jantar promovido pelo presidente da Fiesp (Federação das Indústrias de São Paulo), Paulo Skaf, com 45 empresários de diferentes setores da economia.

Segundo participantes do encontro, o comandante militar do Sudeste já circulava e posava para fotografias como futuro ministro ao lado de nomes como Abílio Diniz, Lázaro Brandão, Carlos Zarlenga e Rubens Ometto.

Em março, Ramos causou surpresa em parlamentares da bancada paulista do PSL. Por seu convite, houve um almoço de deputados na sede do Comando Militar do Sudeste, em São Paulo, do qual era chefe antes ser promovido ministro.

O objetivo do encontro era falar sobre a reforma da Previdência. O general reservou ao seu lado três lugares: para Arlindo Chinaglia (PT-SP), Ivan Valente (PSOL-SP) e Paulinho da Força (SD-SP), causando perplexidade em Alexandre Frota e Carla Zambelli (ambos do PSL-SP).

Mais do que o gesto, Ramos fez questão de falar sobre a relação próxima que mantém com os deputados das siglas de esquerda. A conversa foi além da proposta de reestruturação da carreira e de mudanças na aposentadoria. Falou-se da inexperiência do presidente Jair Bolsonaro na articulação política, do papel do vice, o também general Hamilton Mourão, e da crise na Venezuela.

Naquele mesmo dia, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) havia defendido no Chile o uso da força para tirar o ditador Nicolás Maduro do poder. “Como profissionais da guerra, defendemos a paz”, disse Ramos, sem constrangimento em contrariar o filho do presidente na frente de seus correligionários de partido.

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