Sexta-feira, 16 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 1 de janeiro de 2021
Os Estados Unidos registraram quase 4 mil mortos por covid-19 nas últimas 24 horas de 2020, um novo recorde, enquanto o mundo terminou o ano com a esperança de que as vacinas permitam erradicar o vírus.
O país mais abalado no mundo pela pandemia ultrapassou os 20 milhões de casos de coronavírus nesta sexta-feira (1º). Os dados são da Universidade Johns Hopkins. O país é o mais afetado do mundo, com 346.408 mortes devido à doença.
Na quinta-feira (31), completou-se um ano desde que a China notificou o primeiro caso de covid-19 à Organização Mundial da Saúde (OMS).
Um ano depois, o vírus causou cerca de 1,8 milhão de mortes em todo mundo e mais de 83 milhões de casos de contágio.
Os países correm para vacinar suas populações, mas muitos deles não renunciam às medidas de confinamento, como Alemanha, Irlanda e Inglaterra.
Com mais de 72.500 mortes, o Reino Unido enfrenta um aumento nas infecções atribuídas a uma variante do vírus. Segundo um estudo britânico, ela é mais contagiosa (entre 50% e 74%) e está sendo detectada em um número cada vez maior de países.
Para sair da crise, as autoridades apostam nas vacinas. A Agência Britânica de Medicamentos (MHRA, na sigla em inglês) deu sinal verde para o imunizante do laboratório AstraZeneca e da Universidade de Oxford. A Argentina também concedeu autorização para esta vacina na quarta-feira (30) e, horas depois, El Salvador fez o mesmo.
O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, celebrou uma notícia “realmente fantástica” e um “triunfo da ciência britânica”.
A vacina da AstraZeneca começará a ser usada no Reino Unido a partir desta segunda-feira (4). O país já encomendou 100 milhões de doses.
Uma autorização desta vacina ainda em janeiro pela União Europeia parece pouco provável, conforme a Agência Europeia de Medicamentos (EMA). Já os Estados Unidos esperam autorizá-la apenas em abril, afirmou o conselheiro-chefe do programa de vacinação do país, Moncef Slaoui.
A vacina AstraZeneca/Oxford é muito esperada por motivos práticos: é muito mais barata que a já distribuída pela Pfizer/BionTech e pode ser armazenada em temperaturas entre 2°C e 8°C, o que facilita a vacinação em larga escala.
Uma vacina desenvolvida pela gigante americana Johnson & Johnson pode ser aprovada em fevereiro nos Estados Unidos. Ela também é muito aguardada, porque requer dose única, em vez das duas exigidas pelos imunizantes aprovados até agora.
Por enquanto, duas vacinas (Pfizer/BioNTech e Moderna) foram licenciadas nos Estados Unidos, e cerca de 2,8 milhões de pessoas receberam suas primeiras doses – ainda longe da meta do governo Donald Trump.
A variante do vírus descoberta no Reino Unido acaba de ser identificada no oeste dos Estados Unidos, com dois primeiros casos detectados oficialmente no Colorado, e outro, em San Diego, no Sul da Califórnia.
O renomado imunologista americano Anthony Fauci disse “que não está surpreso” com isso, nem particularmente preocupado, porque essa mutação “provavelmente já estava circulando em outros Estados”.