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Mundo Novos bombardeios atingiram Guta Oriental, na Síria, após a ONU aprovar cessar-fogo

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Cidade já foi destino de finais de semana. (Foto: UNICEF/Amer Al Shami)

As forças governamentais sírias retomaram neste domingo (25) bombardeios e ataques de artilharia contra a região de Guta Oriental, reduto opositor na periferia de Damasco, mesmo depois de a ONU (Organização das Nações Unidas) ter aprovado um cessar-fogo de 30 dias.

Desde a primeira hora da manhã de deste domingo, caíram seis mísseis em Harasta, outros quatro projéteis em Kafr Badna e Yisrin e outros quatro em Hamuriya, enquanto Al Shifunia foi alvo de dois bombardeios, segundo o OSDH (Observatório Sírio de Direitos Humanos).

Entenda a crise na região

Grupos opositores, como o grupo Exército do Islã, disseram ter disputado com forças do governo em diversas frentes nas primeiras horas do domingo.

Apesar dos combates, o Observatório Sírio de Direitos Humanos afirmou que a noite passada foi a mais tranquila desde o início da intensificação da escalada militar em Guta Oriental, que começou no domingo (18). Não houve registro de mortes.

O general iraniano Mohammad Baqeri, cujo governo apoia o presidente sírio Bashar al-Assad, afirmou que Teerã e Damasco respeitariam a resolução da ONU, segundo a Reuters. No entanto, declarou que a trégua não cobria partes do subúrbio de Damasco “mantido pelos terroristas”, disse a agência de notícias Tasnim.

“É desumano”, diz papa

O Papa Francisco disse neste domingo que a Síria está sendo “martirizada” com os ataques contínuos que matam civis em Guta e pediu o fim imediato da violência e acesso para ajuda humanitária atuar no país.

“Tudo isso é desumano”, disse Francisco a dezenas de milhares de pessoas na Praça São Pedro, em sua bênção semanal, de acordo com a Reuters.

“Nesses dias, meus pensamentos costumavam estar com a amada e martirizada Síria”, disse ele, observando que havia milhares de civis vítimas de violência, que nem sequer são respeitados nos hospitais.

O Conselho de Segurança da ONU aprovou no sábado à noite uma resolução na qual exige a todas as partes beligerantes uma cessação das hostilidades durante 30 dias em todo o país, incluindo de forma expressa Guta Oriental.

No entanto, a resolução exclui do cessar-fogo os grupos terroristas EI (Estado Islâmico) e Organismo de Libertação do Levante, aliança criada em torno da Frente Al Nusra, nome da antiga filial síria da Al Qaeda que, segundo o governo sírio, está presente em Guta Oriental.

O Conselho votou de maneira unânime para exigir que a trégua permita acesso de ajuda e retiradas médicas. No entanto, enquanto Moscou apoiou a adoção da resolução, o embaixador russo no ONU, Vassily Nebenzia, colocou em dúvida sua viabilidade.

Em uma semana de intensos ataques aéreos, de artilharia e com mísseis, a região contabilizou a morte de pelo menos 510 pessoas, entre elas 127 menores de idade, segundo os últimos números divulgados pelo Observatório.

Guta Oriental

Guta Oriental é um antigo destino de viagens de final de semana para os moradores da capital síria, Damasco, e atualmente um dos últimos redutos de rebeldes que lutam contra o regime do ditador Bashar Al-Assad.

O cerco a Guta Oriental teve início em 2013, dois anos depois de explodir a guerra na Síria. Nesta região, de cerca de 100 quilômetros quadrados, 400 mil pessoas vivem cercados por forças pró-Damasco.

Apesar de ser isolada e bombardeada há anos, desde o último domingo Guta Oriental é alvo de uma nova campanha aérea lançada pelo regime de Assad e seu aliado, a Rússia.

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