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Notícias Novos mercados se abrem no exterior para a exportação de gado do Rio Grande do Sul

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Recentemente, mais de 9 mil animais de Capão do Leão e Rio Grande foram embarcados para o Egito. (Foto: Divulgação/Governo do RS)

Modalidade já consolidada no Rio Grande do Sul, a a exportação de gado tem contado com a abertura de novos mercados, inclusive na Ásia e mundo árabe. Segundo a Seapdr (Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural), a cada no o Estado exporta para a Turquia e outros países mais de 120 mil animais (cerca de 1% do rebanho gaúcho de 12,7 milhões de cabeças).

“Mantemos diálogo permanente com o Ministério da Agricultura e apoiamos as tratativas já em andamento com Tailândia e Indonésia, ao mesmo tempo em que sabemos do interesse de países como Malásia e Irã”, ressalta Covatti Filho, titular da pasta responsável pela fiscalização sanitária e bem-estar dos animais desde a propriedade, período de quarentena e embarque no Porto do Rio Grande.

A ministra Tereza Cristina, por sua vez, ressalta a importância da parceria. “No que depender do setor produtivo e de mim como ministra, vamos continuar fazendo com que cresça essa cooperação comercial entre o Brasil e as nações do mundo árabe e o Brasil”, destaca.

Complexidade

De acordo com especialistas, a exportação de gado vivo é uma operação logística que envolve processos complexos. Basta mencionar que, recentemente, 9,3 mil animais dos municípios de Rio Grande e Capão do Leão foram embarcados com destino ao Egito, em uma operação envolvendo 190 cargas de caminhão para o translado dos animais até o navio Kenoz.

A viagem marítima tem duração de 21 dias, de Rio Grande até o porto egípcio de Damietta, às margens do Mar Mediterrâneo. Dias antes da viagem do Kenoz, outros 9,8 mil animais já haviam sido embarcados no navio Polaris para a Turquia, principal comprador do gado vivo gaúcho e que respondeu por 95,5% das exportações de “boi em pé” em 2018.

Somente no ano passado, 168,8 mil cabeças de gado saíram do Rio Grande do Sul rumo ao Exterior. Em 2017, haviam sido 85,6 mil, ou seja, quase a metade. Além da Turquia, Jordânia e Egito compraram gado vivo, ainda que em um índice bem menor, que não chega a 5%.

“A procura dos países árabes pelo gado gaúcho é alta, porque temos a genética do gado europeu como diferencial”, afirma o diretor do DDA (Departamento de Defesa Agropecuária) da Secretaria, Antonio Carlos Ferreira Neto.

Em receita, o comércio do boi vivo no Rio Grande do Sul movimentou mais de US$ 100 milhões em 2018, conforme o Ministério da Agricultura. No ano anterior, haviam sido US$ 35,5 milhões, o que significa um crescimento de 184% no período de um ano.

Dados oficiais apontam que o Rio Grande do Sul ocupa atualmente o terceiro lugar na exportação de boi vivo, logo atrás de São Paulo e Pará. O primeiro vendeu US$ 103,5 milhões e o segundo US$ 281,5 milhões.

Etapas

Para que o gado chegue ao seu destino, um longo caminho deve ser percorrido. Primeiro com a assinatura de acordos comerciais e sanitários entre países, com base em regras internacionais. Depois dos contratos fechados, o importador deve ter o CZI (Certificado Zoossanitário Internacional) e preencher formulários e guias no Ministério.

O próximo passo é encontrar um vendedor, fazer a vistoria do Epe (estabelecimento pré-embarque) e adquirir os insumos mecessários. Depois disso, já na propriedade, ocorre a seleção do gado e a definição de quantidade. Os animais devem seguir as exigências sanitárias do importador quanto à erradicação de doenças, vacinação, peso e aspecto do animal, dentre outros itens.

Com o rebanho selecionado, ocorre o período de quarentena nos Epe, que não significa necessariamente 40 dias, mas sim um período de resguardo que varia conforme as regras de cada país. O carregamento nos caminhões deve ser ininterrupto para preservar os animais.

E existe todo um cuidado para redução do estresse no transporte, não podendo faltar água potável e alimentação, e os instrumentos utilizados não podem provocar dor, entre outras recomendações, para garantir o bem-estar animal. A instrução normativa 46 do ministério regulamenta todo o processo.

Após o embarque dos animais no navio, o trabalho da Seapdr se encerra. Pelo Porto do Rio Grande, foi embarcado 21% do gado vivo exportado pelo Brasil. O país é o quarto exportador mundial de boi vivo por qualquer transporte e o segundo via marítima, atrás apenas da Austrália.

“O animal sai da propriedade com a chancela da secretaria, passa para o estabelecimento pré-embarque e entrega com a guia no porto, livre de qualquer problema sanitário contido no protocolo exigido por aquele país”, afirma Valmor Lansini, supervisor regional da Secretaria em Pelotas.

(Marcello Campos)

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https://www.osul.com.br/novos-mercados-se-abrem-no-exterior-para-a-exportacao-e-gado-do-rio-grande-do-sul/ Novos mercados se abrem no exterior para a exportação de gado do Rio Grande do Sul 2019-04-21
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