Sexta-feira, 25 de julho de 2025
Por Redação O Sul | 30 de janeiro de 2022
O Nubank, que no seu IPO (oferta pública inicial de ações, na sigla em inglês) conquistou o título de sexta companhia mais valiosa da América Latina, tem registrado uma sequência de perdas nas últimas semanas. Na última sexta-feira (28), a ação da companhia fechou em uma nova mínima recorde, com baixa de 2,03% na Bolsa de Nova York, cotada a US$ 6,75.
Isso dá ao Nubank um valor de mercado de US$ 31,109 bilhões e o tira da lista das dez maiores companhias da América Latina. No IPO, a companhia havia sido precificada a US$ 41,478 bilhões. Ou seja, de lá para cá perdeu US$ 10,370 bilhões. Em termos porcentuais, a queda é de 25%.
Segundo dados da consultoria Economatica, as empresas mais valiosas da região são: Petrobras (US$ 83,291 bilhões), Vale (US$ 75,853 bilhões), América Movil (US$ 58,677 bilhões), Wal Mart do México (US$ 58,763 bilhões), Mercado Livre (US$ 51,864 bilhões), Marvell Technology (US$ 44,812 bilhões), Ambev (US$ 43,547 bilhões), Itaú (US$ 42,141 bilhões), Bradesco (US$ 36,989 bilhões) e Grupo Mexico (US$ 32,301 bilhões). O Nubank fica na 11º colocação.
Ações de tecnologia
As ações de tecnologia – em especial, aquelas chamadas de alto crescimento – estão sendo penalizadas nas últimas semanas em função das expectativas de aumento de juros nos EUA. Qualquer mudança na taxa altera diretamente o “valuation” dessas companhias, que muitas vezes é calculado a partir do fluxo de caixa descontado. As bolsas norte-americanas já perderam US$ 4,2 trilhões em valor de mercado este ano.
Só o que Amazon, Microsoft, Tesla e Nvidia perderam em valuation, que soma US$ 820,343 bilhões, equivale praticamente ao valor de mercado de todas as companhias listadas na B3 reunidas: US$ 847 bilhões.
Quando o Nubank estreou na Bolsa de Nova York, em dezembro último, muita gente achou exagerado que a instituição tivesse um valor de mercado maior que o do Itaú, que tem um patrimônio várias vezes superior e dá mais de R$ 20 bilhões de lucro por ano, enquanto a fintech ainda operava no prejuízo. Algumas semanas depois, no entanto, o Itaú passou o Nubank, e posteriormente, na última semana, o “roxinho” também foi ultrapassado por outro dos “bancões” tradicionais, o Bradesco.
A prova de fogo para o Nubank deve vir mesmo quando o banco divulgar seu primeiro balanço como companhia de capital aberto, o que deve acontecer no fim de fevereiro. As informações são do jornal Valor Econômico.