Por Redação O Sul | 20 de abril de 2018
O governo federal expulsou no primeiro trimestre deste ano 142 servidores públicos, de acordo com informações da CGU (Controladoria-Geral da União). É o maior número para o trimestre desde 2013, segundo a CGU. O principal motivo das expulsões foi corrupção, em 89 casos, o que representa 63% das penalidades aplicadas.
Entre os atos apontados pela CGU estão: uso do cargo para proveito pessoal, recebimento de propina ou vantagens indevidas, utilização de recursos materiais da repartição em serviços ou atividades particulares, improbidade administrativa, lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio nacional.
A corrupção também foi o principal motivo para expulsões registradas em todo ano passado – 335 dos 506 casos (66%), de acordo com balanço anual divulgado pela CGU no início deste ano. Desde 2003, 4.544 servidores já foram expulsos da administração federal por este motivo.
Entre outras razões que motivaram as expulsões neste primeiro trimestre, estão o abandono de cargo, falta ao trabalho sem justificativa ou acumulação ilícita de cargos, que ficam em segundo lugar, com 44 dos casos. As outras razões que mais afastaram servidores são negligência e a participação em administração de sociedade privada.
Ao todo, neste primeiro trimestre, foram 120 demissões de funcionários efetivos; 18 cassações de aposentadorias; e quatro destituições de ocupantes de cargos em comissão. Desde 2003, a administração federal já expulsou 6.857 servidores, sendo que 5.715 foram demitidos, 568 tiveram a aposentadoria cassada, e 574 foram afastados de suas funções comissionadas. Os dados não incluem os empregados de empresas estatais, como a Caixa, os Correios e a Petrobras.
Os Estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Distrito Federal tiveram mais servidores punidos nos últimos 16 anos. As pastas com a maior quantidade de expulsões foram o MDSA (Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário) – que absorveu o INSS, seguido do MEC (Ministério da Educação) e do MJ (Ministério da Justiça).
Tocantins
Dois funcionários da secretaria de saúde de Formoso do Araguaia, na Região Sul do Tocantins, foram presos suspeitos de furtar equipamentos e objetos do único hospital da cidade. Após investigações, a Polícia Civil chegou até Cairo Vieira da Suilva, de 34 anos, e Florisvaldo da Silva Ribeiro, de 49 anos. Dois aparelhos de ar-condicionado furtados foram encontrados instalados na casa dos suspeitos.
Os dois foram ouvidos e liberados para responder ao processo em liberdade porque não foram presos em flagrante. A reportagem não conseguiu contato com os suspeitos. O diretor do Hospital Municipal Hermínio de Azevedo contou à Polícia Civil que na semana passada sentiu falta de seis aparelhos de ar-condicionado e duas impressoras. Depois, percebeu que dois pneus reserva da ambulância também tinham sumido.
A polícia recuperou todos os objetos furtados do hospital. Dois aparelhos estavam com os próprios funcionários e os outros foram vendidos abaixo do valor de mercado, assim como as impressoras. Quem comprou os equipamentos vai responder por receptação de produtos roubados.
Os dois funcionários vão responder por furto qualificado e peculato. A Secretaria Municipal de Saúde de Formoso do Araguaia informou ainda que os dois servidores foram exonerados.
