A 8 de março de 2006, cerca de 2 mil integrantes da Via Campesina, na maioria mulheres com rostos cobertos, invadiram e destruíram instalações da Aracruz Celulose no município de Barra do Ribeiro.
A ação durou meia hora.
O objetivo, segundo manifesto divulgado pela entidade, era denunciar “as consequências sociais e ambientais do avanço do deserto verde criado pela monocultura de eucaliptos”.
Laboratórios com cinco milhões de mudas foram destruídos e pesquisas de até 20 anos, sobre cruzamentos genéticos e seleção de espécies, perdidas.
O viveiro florestal da Aracruz tinha capacidade para a produção de 30 milhões de mudas de eucaliptos.
Os manifestantes alugaram 37 ônibus, que saíram de Tapes, seguiram por uma estrada de chão batido, desviando dos trechos asfaltados, onde a Polícia Rodoviária fazia a fiscalização.
Os invasores chegaram ao local com taquaras e facas de mesa. Romperam plásticos e telhas das estufas, onde havia clonagens.
Foi uma manifestação do sectarismo e da intolerância, comum nos regimes autoritários.
Passados 10 anos, não se sabe de alguma punição aos criminosos. Muito menos que as plantações tenham provocado danos, como os representantes do atraso preconizavam.