Sexta-feira, 29 de março de 2024
Por Redação O Sul | 22 de setembro de 2018
O advogado de 34 suspeito de matar o próprio pai e a meia-irmã em São Bento do Sul, Norte de Santa Catarina, foi encaminhado no final da tarde de sexta-feira (21) para o Presídio Regional de Mafra, na mesma região, informou o delegado responsável pelo caso, Gustavo Muniz. As informações são do portal de notícias G1.
Os homicídios ocorreram na noite de terça-feira (18) na empresa da família. Osmar Unisesky, 61, e Franciele Jelinksy, de 19, foram mortos a tiros. O primeiro a ser baleado foi o idoso. A jovem chegou a ligar para a polícia, mas foi morta enquanto pedia socorro.
Inquérito
A Polícia Civil já ouviu a esposa do suspeito e mais três familiares. Segundo o delegado, o depoimento dela não foi muito elucidativo. “Disse não teve contato com o marido antes, somente algumas horas depois do crime, e pouco falaram”, relatou Muniz.
Na próxima semana, devem ser ouvidas mais testemunhas. O delegado espera concluir essa etapa da investigação e finalizar o inquérito com os resultados de perícias.
A Polícia Civil aguarda os laudos de dois celulares, das armas apreendidas na casa do suspeito, dos exames dos corpos e do local do crime. “As armas, já descartamos que as apreendidas possam ter sido usadas no crime. A arma do crime ainda não foi localizada”, disse o delegado.
Apresentação
A Polícia Civil pediu a prisão preventiva do suspeito na quarta e ele se apresentou na delegacia na tarde de quinta-feira (20), horas antes da decretação da prisão preventiva. O advogado foi encaminhado para o presídio nesta sexta porque a polícia aguardava vaga no sistema prisional.
O delegado disse também que o suspeito queria se apresentar antes que a prisão dele fosse decretada, por isso foi à delegacia.
Motivação
Muniz disse que a suspeita é que os assassinatos tenham sido premeditados e motivados por uma disputa por divisão de herança. Segundo a Polícia Militar, os pais do advogado estavam em meio a um processo judicial de divórcio e a família enfrentava vários conflitos causados pela divisão de bens com a jovem, reconhecida recentemente pelo pai.
Segundo parentes, Franciele começou a procurar o pai aos 12 anos. Um exame de DNA confirmou a paternidade de Osmar e, desde então, eles mantinham uma relação próxima.
Câmeras de segurança
Imagens das câmeras de segurança do escritório mostram o momento em que o atirador entra no pátio da empresa da família, às 21h14. Cerca de três minutos depois, ele vai embora com a arma na mão.
“A suspeita é que ele tenha comprado uma arma especificamente para o caso. Usou um revólver, para forjar um roubo. Ele teria também a intenção de extrair as imagens das câmeras de segurança, mas não contava com a irmã ligando para a polícia”, disse Muniz.
Na casa do suspeito, localizada ao lado da empresa, policiais apreenderam armas e munição que eram de posse legal da família.