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Notícias O ano dos tubarões enjaulados

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Foram expedidos 106 mandados de busca e apreensão e sete de prisão (Foto: Reprodução)

Oano de 2015 ficará marcado como aquele em que a Operação Lava-Jato colocou na cadeia não apenas alguns dos maiores empresários do País, como também políticos – com e sem mandato. Ao todo, 116 pessoas já foram presas. A Justiça fechou acordos para recuperar 1,8 bilhão de reais.

Responsável por revelar ao País o “petrolão”, a força-tarefa da Lava-Jato chegou em 2015 aos tentáculos do esquema criminoso no setor elétrico, em ministérios e em autarquias do Poder Executivo. Ministros do governo, ex-ministros, o presidente da Câmara e aliados do Palácio do Planalto tiveram suas casas e escritórios revistados pela PF (Polícia Federal), que vai fechando o cerco sobre os criadores e beneficiários do maior escândalo de corrupção da história da República. A seguir, relembre os desdobramentos da operação.

Prisões.

Nem bem 2015 começava e a PF prendeu, em janeiro, o ex-diretor Internacional da Petrobras Nestor Cerveró. Dez meses depois, ele fechou acordo de delação premiada com a Justiça.

Em fevereiro, a PF mirou um grupo de onze operadores responsáveis pelo pagamento de propina na Petrobras. O lobista Mário Góes foi preso. Renato Duque, indicado pelo ex-ministro José Dirceu à Diretoria de Serviços da Petrobras, foi detido em março. Além dele, outro mandado de prisão preventiva se destinou ao lobista Adir Assad.

Depois de empreiteiros, doleiros e ex-diretores da Petrobras, em abril, chegou a hora das primeiras prisões de políticos, como os ex-deputados federais André Vargas (PT-PR) e Luiz Argôlo (SD-BA), além de Pedro Corrêa (PP-PE).

Com base em depoimentos de delatores, a PF prendeu preventivamente o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto.
Em maio, foi a vez de Dirceu suar frio. O lobista Milton Pascowitch, apontado pela força-tarefa da Lava-Jato como um dos operadores de propina na Diretoria de Serviços da Petrobras, foi preso preventivamente. Sua delação premiada foi decisiva para a nova prisão do ex-ministro, menos de três meses depois.
O príncipe dos empreiteiros Marcelo Odebrecht foi preso, em junho, ao lado dos seus diretores. A Andrade Gutierrez, outra empreiteira ilesa até então, teve o presidente, Otávio Azevedo, e o executivo Flávio Lúcio Magalhães atrás das grades.

Em julho, a operação chegou em cheio ao núcleo político de Brasília e cumpriu mandados de busca e apreensão. O senador Fernando Collor de Mello, que teve carros de luxo apreendidos na notória Casa da Dinda, foi um dos políticos que ficaram em estado de pânico. A PF também escancarou o chamado “eletrolão”. Foram presos o presidente licenciado da Eletronuclear, Othon Luiz Pinheiro da Silva, e o presidente da Unidade Negócios Energia da Andrade Gutierrez, Flavio Barra.

Depois de meses de investigação, a PF deteve, em agosto, Dirceu, nove meses após ele deixar o presídio para cumprir prisão domiciliar no mensalão. Os policiais prenderam o irmão de Dirceu, Luiz Eduardo de Oliveira e Silva, e o “faz-tudo” do petista, Roberto “Bob” Marques. A PF também prendeu o ex-vereador petista Alexandre Romano, o Chambinho. Em setembro, foi a vez do lobista e operador do PMDB João Augusto Henriques e um dos donos da construtora Engevix, o executivo José Antunes Sobrinho irem para o “xadrez”.

Já em novembro, o pecuarista José Carlos Bumlai – amigo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva –, o então líder do governo Dilma Rousseff no Senado, Delcídio do Amaral (PT-MS), o banqueiro André Esteves, controlador do BTG Pactual na época, Diogo Ferreira, chefe de gabinete do petista, e o advogado Edson Ribeiro foram presos. Além disso, a PF cumpriu mandados de busca no Congresso Nacional.

A Lava-Jato fechou o ano, em dezembro, com a apoteótica Operação Catilinárias, que promoveu uma devassa em endereços de caciques políticos de Brasília e realizou 52 buscas e apreensões em diversos Estados.

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