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Brasil O ataque hacker aos sistemas do governo e ao Tribunal Superior Eleitoral acende alerta sobre a realização do Enem

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O Inep fará neste ano, pela primeira vez, uma avaliação digital para cerca de 100 mil alunos. (Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

O ataque hacker a sistemas do governo federal e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nas últimas semanas acendeu o alerta no Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), responsável pela realização do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Além da tradicional prova impressa, o Inep fará neste ano, pela primeira vez, uma avaliação digital para cerca de 100 mil alunos.

Presidente interino do órgão e diretor de Tecnologia e Disseminação de Informações Educacionais, Camilo Mussi afirmou que o Inep intensificou o monitoramento após o ataque aos sistemas do TSE, no último final de semana, mas garantiu que o modelo de segurança que será usado pelo Enem, com base em dados criptografados, faz com que mesmo que a prova seja atacada, hackers não consigam decodificar as informações em tempo hábil para afetar a avaliação. O exame digital será realizado nos dias 31 de janeiro e 7 de fevereiro, após a versão tradicional, que ocorre em 17 e 24 de janeiro.

“Depois do dia 29 (segundo turno), o principal acontecimento envolvendo tecnologia é o Enem digital. A gente está fazendo o máximo para não ter nada. A cada momento estamos nos preparando mais. A responsabilidade do Inep, devido aos acontecimentos que tivemos no início de novembro e às eleições, aumentou muito”, disse.

Para garantir que não haja nenhum tipo de vazamento no Enem digital o Inep criou um sistema cuja conexão com a internet se dá apenas no momento de carregar as provas em cada computador, depois, qualquer tipo de comunicação é bloqueada. Além disso, antes de carregar as provas nos equipamentos, todos os computadores utilizados são alvo de um programa que bloqueia qualquer tipo de ferramenta existente na máquina, incluindo calculadoras, entre outras funcionalidades.

O sistema também utiliza linguagem criptografada, o que significa que mesmo que sofra um ataque, os invasores demorariam mais de seis horas para conseguir visualizar os dados, de modo que os estudantes já teriam concluído a avaliação.

Ao contrário do que aconteceu com o TSE, que teve uma sobrecarga no servidor no dia da eleição, o Inep tem um específico para rodar as provas, além de reservas. No primeiro turno, a sobrecarga do sistema do TSE acabou atrasando a apuração de votos em todo o país.

“O Inep já se preocupa com a segurança cibernética há muito tempo. Esses ataques nos alertaram”, disse Mussi. Caso haja problemas técnicos no dia da prova, os candidatos poderão trocar de computador durante a avaliação. Se o tempo exceder 15 minutos falha, esses alunos poderão pedir reaplicação. No dia, haverá um técnico de tecnologia da informação em cada sala de aplicação.

Além do foco na segurança do Enem digital, o Inep também está atento às movimentações de autoridades sanitárias em relação a uma segunda onda de covid-19 no Brasil. O órgão não descarta nenhuma possibilidade, inclusive novo adiamento do exame, caso seja determinado pelas autoridades de saúde. Mussi destaca, no entanto, que no momento o Inep trabalha com a realização do exame em janeiro.

Segundo ele, além de o Inep considerar a posição das autoridades sanitárias, qualquer mudança passará pelo crivo do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed).

Outro ponto que precisou de adaptações do órgão após a última edição foi o sistema de correção. Depois de corrigir de maneira equivocada as provas de cerca de 6 mil candidatos no ano passado, o Inep adotará uma checagem a mais das respostas dos candidatos antes de fazer a divulgação das notas.

 

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